São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

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SÍRIO-LIBANÊS

Instituição investe R$ 350 mi em projeto de ampliação

DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Sírio-Libanês passa hoje pela principal reestruturação dos seus 86 anos de história, com investimentos na ordem de R$ 350 milhões nos próximos cinco anos. Uma nova torre com 20 andares, anexa ao hospital, já começou a ser erguida. Com isso, a área construída passará dos atuais 85 mil m2 para 135 mil m2.
Segundo Antonio Lira, diretor técnico hospitalar do Sírio, a ampliação da instituição ocorreu em razão de um aumento da demanda. "Estamos há seis meses consecutivos com superlotação, com uma ocupação média de 85%. Houve um aumento de 40% no volume de pronto-atendimentos e de 25% nas cirurgias. É o momento de o hospital crescer."
Um dos carros-chefes será a criação de novos centros de excelência, que unem atendimento especializado e tecnologia de ponta em um mesmo espaço, a exemplo do que ocorre no centro de oncologia do Sírio.
O primeiro núcleo de uma série de sete é o de tórax, já em funcionamento. Ali são tratadas cerca de 40 tipos de doença, como câncer de pulmão e derrame pleural.
Segundo o cirurgião torácico Riad Younes, coordenador do núcleo de tórax, ao concentrar várias especialidades médicas e paramédicas em um mesmo local, o diagnóstico se torna mais ágil e preciso, e, conseqüentemente, o tratamento e a reabilitação, mais eficientes. "O modelo faz sentido quando se consegue reunir referências médicas em torno de uma oferta de serviços de excelência", diz Maurício Ceschin, superintendente corporativo do Sírio.
E o hospital investe em tecnologia. Até o fim do ano, um robô, controlado por um médico, será usado em cirurgias que exigem mais precisão no corte.
"Na retirada parcial da próstata, por exemplo, dependendo da destreza do médico, o paciente pode ter perda da função erétil e supersangramento no pós-operatório. Os braços do robô entram por quatro buraquinhos e, a partir da tela do computador, o cirurgião vê a imagem ampliada da próstata, programa a incisão, e o robô a executa. É diferente de ver a próstata no tamanho natural e fazer a incisão", diz Lira.0 (CC)


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