COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Terceiro mais citado na pesquisa do Datafolha (15%) e referência em ortopedia, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz luta para se livrar da imagem de exclusivamente assistencial. Comumente atrelado às instituições particulares, o rótulo implicaria suposta desvantagem em relação aos hospitais-escola, que têm suporte de professores, pesquisadores e cientistas em constante atualização.
Por isso, o Oswaldo Cruz criou, em 2006, o Instituto de Ciências, que tem a missão de gerar conhecimento, captar novas tecnologias e promover treino e especialização de médicos e profissionais de saúde.
À frente dele, está o pesquisador Jorge Kalil Filho, que, em 2006, teve 19 trabalhos científicos publicados em revistas internacionais e dirige o laboratório de imunologia do HC.
Além disso, o Oswaldo Cruz terá o Instituto Ludwig, uma das mais importantes instituições de estudos oncológicos no mundo, que está de mudança, vindo do Hospital do Câncer.
Com o instituto, liderado pela cientista e especialista em câncer Luisa Lina Villa, a expectativa é que haja uma sinergia com o Instituto de Ciências para as pesquisas oncológicas. Villa coordenou estudos clínicos para o desenvolvimento de uma vacina contra o HPV, responsável por 70% dos casos de câncer do colo de útero.
O Ludwig ganhou um andar inteiro no novo prédio do hospital, cujos projetos incluem a criação de curso de pós-graduação (especialização) em oncologia. A idéia, afirma Villa, é usar a parceria para pesquisa de ponta, como os estudos clínicos sobre os anticorpos monoclonais (moléculas do sistema imune que combatem só o tumor, sem atingir células sadias). Em meio a novos equipamentos que terá, está o seqüenciador de DNA de primeira geração. "Estamos animados."
Além disso, o Oswaldo Cruz, que tem focado a assistência e a educação com ênfase em quatro áreas (doenças digestivas, oncológicas, circulatórias e osteomusculares), mantém centro de envelhecimento saudável e serviço de educação continuada para enfermeiros. (RGV)


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