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PRO MATRE E SANTA JOANA
Partes do mesmo grupo, entidades têm UTI específica para gestantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Em duas suítes, mulheres em
trabalho de parto natural sem
gemidos ou gritos de dor. No
berçário, 90 leitos vazios. Na
UTI neonatal, prematuros dormem como se ainda estivessem
no útero da mãe. À primeira
vista, o cenário parece tranqüilo demais para uma maternidade, mas ele traduz um pouco da
filosofia da Pro Matre, a maternidade mais tradicional de São
Paulo, com 71 anos de vida.
Práticas como analgesia precoce no parto natural, estímulo
do vínculo mãe e bebê (os recém-nascidos ficam o dia todo
com as mães), UTI neonatal
com controle de acústica, temperatura e umidade, além de
berços separados de acordo
com a gravidade, fazem parte
da rotina da maternidade.
"A Pro Matre já nasceu com
uma política de humanização
muito forte. Temos gerações
inteiras, de avós, de mães e de
filhos que nasceram aqui", diz
Maria Augusta de Freitas, gerente-geral da Pro Matre.
Há sete anos, a Pro Matre foi
incorporada ao Hospital e Maternidade Santa Joana e sofreu
total reestruturação. Foram investidos R$ 20 milhões em reforma do prédio, modernização
da hotelaria e compra de aparelhos. E o número de partos saltou de 200 para 600 por mês.
"Ainda assim, a maternidade
está pequena. Compramos um
prédio ao lado onde construiremos o centro cirúrgico e uma
UTI materna, para dar espaço a
novos leitos na maternidade",
conta o diretor comercial do
Santa Joana/Pro Matre, Marco
Antonio Zaccarelli. Os prédios
serão ligados por passarelas.
Os quartos das duas maternidades passam por uma reforma
geral e pela troca do mobiliário.
Alguns deles têm hoje um monitor de TV por meio do qual a
mãe pode ver seu bebê no berçário, nas poucas horas em ficam separados. "Dá mais tranqüilidade e segurança", diz Michele Blois, 26, mãe de Bruno.
O mimo é só uma das estratégias das maternidades. A idéia é
que a gestante se sinta confortável. "É festivo. Você anda no
corredor e vê flores por todos
os lados. À noite, o pessoal toma seu uísque no american bar,
faz happy hour, essas coisas de
hotel", diz Zaccarelli.
Para ele, a gestante é o tipo de
paciente que mais valoriza a
hotelaria. "Ela quer ver o apartamento e o berçário. Ninguém
pergunta da UTI ou do centro
cirúrgico. Então tem que ter
bom serviço de hotelaria para
que ela se sinta confortável."
Já o médico, segundo ele, opta pela maternidade por conta
da segurança dos processos, da
tecnologia do centro cirúrgico,
das UTIs de adulto e neonatal,
do centro de diagnóstico e dos
serviços de enfermagem.
Um diferencial das duas maternidades é terem UTI especializada em complicações da
gravidez. Em geral, nos outros
hospitais, as mulheres ficam na
UTI geral, com pacientes portadores de outras patologias.
A Pro Matre tem três leitos
de UTI materna, e o Santa Joana, outros cinco. "[Por só ter
gestante ou parturiente], podemos levar o bebê para visitar a
mãe internada. Se estivesse numa UTI geral, isso não seria
possível pelo risco de infecções", diz a gerente Maria Freitas.0
(CLÁUDIA COLLUCCI)
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