São Paulo, sábado, 26 de novembro de 2005

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CARTEIRA ASSINADA

Antes do 1º registro, mulher cursou telemarketing e informática

Costureira obtém vaga na indústria

DA SUCURSAL DO RIO

As duas são mulheres e jovens. Uma recebe salário fixo de R$ 341 e terminou o ensino médio. A outra ganha R$ 5.000 e concluiu o doutorado. Em comum, Fabiana Freitas Araújo, 24, e Ana Cristina Moreira, 34, têm o fato de terem se empregado em 2004 na indústria, setor no qual a ocupação mais cresceu. Mais uma coincidência: foi o primeiro trabalho com carteira assinada de ambas.
Fabiana trabalha como costureira na fábrica de lingerie De Millus, que em 2004 contratou 499 mulheres. O crescimento do emprego com carteira e entre mulheres foi destaque da Pnad.
Já Ana Cristina é gerente de produto na Rio Polímeros, primeira fábrica do Brasil a utilizar o gás como insumo para produção da matéria-prima e de resinas plásticas (insumos dos produtos de plástico).
Fabiana fez curso de telemarketing e informática, mas conseguiu se empregar como costureira, fazendo sutiãs. Aprendeu o ofício durante o treinamento dado pela empresa. Antes, havia trabalhado sem carteira como recepcionista até 2002, mas ficou dois anos parada. "Estou feliz. Se batermos a meta de produção, dá para ganhar R$ 500 por mês", conta.
Ana Cristina diz que só teve um emprego anterior. Entrou no mercado com 32 anos. Sua opção foi estudar. "Morava com os meus pais e tinha bolsa."
Também no nível de instrução, Ana e Fabiana retratam o perfil traçado pela Pnad, que mostra que a cada ano cresce o número de pessoas empregadas com mais de 11 anos de estudo.


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