|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CARTEIRA ASSINADA
Antes do 1º registro, mulher cursou telemarketing e informática
Costureira obtém vaga na indústria
DA SUCURSAL DO RIO
As duas são mulheres e jovens. Uma recebe salário fixo de
R$ 341 e terminou o ensino médio. A outra ganha R$ 5.000 e
concluiu o doutorado. Em comum, Fabiana Freitas Araújo,
24, e Ana Cristina Moreira, 34,
têm o fato de terem se empregado em 2004 na indústria, setor
no qual a ocupação mais cresceu. Mais uma coincidência: foi
o primeiro trabalho com carteira assinada de ambas.
Fabiana trabalha como costureira na fábrica de lingerie De
Millus, que em 2004 contratou
499 mulheres. O crescimento do
emprego com carteira e entre
mulheres foi destaque da Pnad.
Já Ana Cristina é gerente de
produto na Rio Polímeros, primeira fábrica do Brasil a utilizar
o gás como insumo para produção da matéria-prima e de resinas plásticas (insumos dos produtos de plástico).
Fabiana fez curso de telemarketing e informática, mas conseguiu se empregar como costureira, fazendo sutiãs. Aprendeu
o ofício durante o treinamento
dado pela empresa. Antes, havia
trabalhado sem carteira como
recepcionista até 2002, mas ficou dois anos parada. "Estou feliz. Se batermos a meta de produção, dá para ganhar R$ 500
por mês", conta.
Ana Cristina diz que só teve
um emprego anterior. Entrou
no mercado com 32 anos. Sua
opção foi estudar. "Morava com
os meus pais e tinha bolsa."
Também no nível de instrução, Ana e Fabiana retratam o
perfil traçado pela Pnad, que
mostra que a cada ano cresce o
número de pessoas empregadas
com mais de 11 anos de estudo.
Texto Anterior: Mulher eleva presença no emprego, mas ainda tem pior remuneração Próximo Texto: Maternidade dificulta inserção de mulher Índice
|