São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997.

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Estrangeiros já detêm 17%

da Reportagem Local

A estatal Vale do Rio Doce já nasceu como uma empresa de capital misto, ou seja, com participação de capital privado. Na sua criação, 55% das ações pertenciam ao Tesouro. Mas o Estado detinha então 100% das ações ordinárias, que dão direito pleno de voto.
Até terça, o governo continua sendo o principal acionista, com 76% das ações ordinárias e 6% das preferenciais (não permitem o controle, mas dão prioridade na distribuição dos dividendos).
Fruto de um embate nacionalista, hoje uma grande parte da Vale pertence a estrangeiros -17% do capital total da empresa e mais de 40% das ações preferenciais.
Há dois anos, a Vale fez uso de um mecanismo para captação de recursos externos chamado ADR (American Depositary Receipts).
Por causa de restrições da legislação americana, companhias estrangeiras não podem lançar ações diretamente nas Bolsas dos EUA. Os ADRs são recibos de depósitos de ações em banco americanos que passam a ser negociados, representando as ações. Ao fim de 1996, representavam 5% do capital total.
Outros investidores estrangeiros preferiram ser sócios da Vale por meio de fundos, que têm 30% das ações preferenciais da empresa.
Fundos de pensão brasileiros eram donos de 18% da Vale em dezembro de 96. Há investidores menores, como o próprio BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e até o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

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