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Estrangeiros já detêm 17%
da Reportagem Local
A estatal Vale do Rio Doce já nasceu como uma empresa de capital
misto, ou seja, com participação
de capital privado. Na sua criação,
55% das ações pertenciam ao Tesouro. Mas o Estado detinha então
100% das ações ordinárias, que
dão direito pleno de voto.
Até terça, o governo continua
sendo o principal acionista, com
76% das ações ordinárias e 6% das
preferenciais (não permitem o
controle, mas dão prioridade na
distribuição dos dividendos).
Fruto de um embate nacionalista, hoje uma grande parte da Vale
pertence a estrangeiros -17% do
capital total da empresa e mais de
40% das ações preferenciais.
Há dois anos, a Vale fez uso de
um mecanismo para captação de
recursos externos chamado ADR
(American Depositary Receipts).
Por causa de restrições da legislação americana, companhias estrangeiras não podem lançar ações
diretamente nas Bolsas dos EUA.
Os ADRs são recibos de depósitos
de ações em banco americanos que
passam a ser negociados, representando as ações. Ao fim de 1996,
representavam 5% do capital total.
Outros investidores estrangeiros
preferiram ser sócios da Vale por
meio de fundos, que têm 30% das
ações preferenciais da empresa.
Fundos de pensão brasileiros
eram donos de 18% da Vale em dezembro de 96. Há investidores menores, como o próprio BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e até o
INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
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