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RENOVAÇÃO
Institutos de pesquisa apontam crescimento da bancada de oposição nas próximas eleições
92% dos congressistas são candidatos
ALESSANDRA MILANEZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dos atuais 594 congressistas,
92% são candidatos nesta eleição.
Dos 513 deputados, 407 (80%) são
candidatos à reeleição, e 78 (15%),
a outros cargos.
Dos 81 senadores, 55 são candidatos. Há 27 senadores (um de cada Estado e um do Distrito Federal) com mandato até 2006. Entre
esses, oito são candidatos -a governador, principalmente.
A taxa de renovação da Câmara
diminuiu progressivamente nas
últimas eleições. As previsões para a próxima composição da Casa
ainda causam divergências entre
analistas.
Em 1990, essa taxa foi de 63,8%;
em 94, de 55,1%; em 98, de 42,9%.
Para o pesquisador Antônio Augusto de Queiroz, do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), a Câmara
Federal deve ter cerca de 40% de
suas cadeiras renovadas na próxima legislatura.
Na avaliação de Queiroz, quem
disputa a reeleição tem vantagem
sobre os demais, por já ter estrutura de campanha. O professor
David Fleischer, do Departamento de Ciência Política da UnB, discorda. Para ele, a taxa de renovação deve ficar na média histórica
de 50% a 55%.
Entre os partidos com mais de
50 deputados, o PPB foi o campeão da reeleição no último pleito
(81,7%), e o PT foi o que teve a
menor taxa (45,8%).
Queiroz afirma que a renovação
no Senado vai ser maior do que a
da Câmara, principalmente por
causa do desgaste sofrido com denúncias nesta legislatura, que tiveram como resultados a cassação de um senador e a renúncia de
outros três.
Segundo o pesquisador, dos 54
senadores cujos mandatos vencem nesta legislatura, apenas 20
têm chances reais de reeleição, o
que daria uma renovação de 63%
em relação às vagas em disputa.
Os Estados com menor número
de cadeiras (oito deputados) foram os que apresentaram maior
variação na eleição de 98: enquanto o Acre mandou para casa 75%
de sua bancada, os Estados do Rio
Grande do Norte, de Roraima e
do Tocantins mantiveram a mesma porcentagem em Brasília.
As previsões do Diap, bem como de mais quatro institutos de
pesquisa, apontam também outra
tendência: os partidos que deram
sustentação a FHC devem sofrer
perdas, enquanto os partidos de
oposição, especialmente o PT,
tendem a apresentar crescimento.
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