São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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Apenas quatro CPIs atingem seus objetivos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nada menos que 20 CPIs foram instaladas nesta legislatura. Nenhuma delas atingiu os objetivos a que se propôs, embora quatro tenham obtido resultados relevantes.
As CPIs do Judiciário (Senado) e do Narcotráfico (Câmara) foram responsáveis, respectivamente, pela cassação dos mandatos do senador Luiz Estevão (DF), então no PMDB, e do deputado Hildebrando Pascoal (AC), expulso do PFL.
Atribui-se à CPI do Futebol (Senado) o mérito pela edição da medida provisória que "moraliza" o futebol, ao obrigar clubes e entidades desportivas a funcionar como empresas e determinar a investigação de suas atividades pelo Ministério Público.
A CPI dos Bancos (Senado) não encontrou as irregularidades que procurava no sistema financeiro, mas expôs à opinião pública a operação do Banco Central para salvar dois bancos desconhecidos (Marka e FonteCindam) ao custo final de R$ 1,6 bilhão.
A CPI que prometia ser a mais rumorosa de todas foi barrada pelo governo. A oposição bem que tentou, mas não conseguiu reunir as assinaturas necessárias (171 na Câmara e 27 no Senado) para instalar a CPI mista da corrupção.
A Câmara chegou a criar também duas CPIs simultâneas para a borracha. Junto com a CPI da Funai e do Desperdício de Alimentos em Governos Anteriores a FHC, elas impediram por algum tempo a instalação da CPI da CBF/Nike.


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