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Outdoor apócrifo reproduz ataque de Maluf a Serra
LILIAN CHRISTOFOLETTI
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O polêmico programa eleitoral
do candidato do PP à Prefeitura
de São Paulo, Paulo Maluf (PP),
que atacou duramente o adversário José Serra (PSDB), ganhou as
ruas de São Paulo ontem por
meio de outdoors apócrifos. O
personagem é Alexandre Arêas,
conhecido no dia 22, após afirmar
ter levado um calote de Serra na
campanha presidencial de 2002.
Na foto, Arêas é retratado em
uma cadeira de rodas. Ao lado,
em vermelho, a inscrição "A campanha de Serra me deu um calote".
Os outdoors começaram a ser
afixados ontem à noite. O primeiro deles foi localizado na rua Alvarenga, Butantã (zona oeste).
Ontem mesmo, atendendo a uma
representação do PSDB, o juiz da
1ª Zona Eleitoral, José Joaquim
dos Santos, determinou sua retirada. A Justiça também enviou
ofício às empresas especializadas
para que sejam suspensas a confecção e colagem dos outdoors.
O alvo da representação do
PSDB é o PP. Como Maluf disse
que nem ele nem o partido têm
qualquer participação na divulgação, o advogado do PSDB, Ricardo Penteado, pedirá abertura de
inquérito para apurar sua autoria.
"Não sabemos se foi o PP ou
PT", disse o presidente do PSDB,
Edson Aparecido.
Valdemir Garreta, um dos
cooordenadores da campanha de
Marta, afirmou que "o PT não
tem nada a ver com isso". Segundo ele, a declaração de Aparecido
é "leviana". "Ele será processado
por difamação e terá de provar o
que disse", afirmou.
O advogado do PP, Ricardo
Tosto, encaminhou uma representação a Penteado, endossando
o pedido de retirada do outdoor.
Na semana passada, a Folha divulgou que o marqueteiro de Maluf, Marcelo Teixeira, responsável
pela campanha contra Serra na
TV e no rádio, estudava congelar
a imagem de Arêas em um outdoor. O PP informou ter abandonado a idéia depois das decisões
judiciais que puniram Maluf com
a perda, quase total, do tempo que
ele dispunha na TV e no rádio.
Em suas entrevistas, o ex-prefeito tem repetido quase todos os
dias a história de Arêas.
O PSDB informou que, em
2002, fez uma dívida declarada e
que está negociando com todos os
fornecedores. Informou ainda
que o nome de Arêas não consta
na lista de pessoas que trabalharam na campanha presidencial e
acredita na possibilidade de ele ter
sido contratado por uma empresa
terceirizada.
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