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Parto humanizado é defendido por entidades civis
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A luta pela redução da
mortalidade materna ganhou novo fôlego no último
dia 11 de março. A Câmara
dos Deputados aprovou nesse dia projeto de lei da senadora Ideli Salvatti (PT/SC)
que garante às gestantes o
direito à presença de um
acompanhante durante o
parto pelo SUS.
O projeto de lei é baseado
numa das principais bandeiras defendidas por ONGs e
profissionais de saúde: a humanização do parto. "O fato
de a parturiente estar em
companhia de familiares diminui o número de cesarianas e o tempo de internação", diz a senadora.
O projeto ainda seguirá
para sanção presidencial.
Também nos diversos aspectos que envolvem a humanização do nascimento
apostam entidades como a
Casa de Maria, que recebeu,
no início do mês, o prêmio
de melhor casa de parto do
Sudeste em 2004, concedido
pelo Ministério da Saúde .
A instituição pertence ao
Hospital Geral do Itaim Paulista (público), na zona leste
de São Paulo, e já realizou
mais de 3.000 partos normais em três anos de existência. O diretor-técnico do
hospital, Marcos Ymayo,
conta que a Casa de Maria
foi criada com base em experiências do Canadá e Japão.
"Se a gravidez não apresenta risco, por que não ter o
bebê num ambiente menos
frio?", pergunta Ymayo. A
taxa de cesárea na Casa de
Maria está em 14% -menor
que a média nacional de
38,6%.
As ONGs que atendem
gestantes aplaudem a iniciativa. "Todo o tipo de parto é
válido, desde que respeite a
natureza da mãe", diz Cleide
Soares, coordenadora da
Bem Nascer (MG).
"Hoje gestantes têm acesso
à mais alta tecnologia de pré-natal, mas isso não garante
uma gestação saudável", diz
a bióloga Ana Cristina Duarte, que criou o site www.amigasdoparto.com.br.
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