Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Juca Kfouri

É tudo japonês

Mais que nunca vale a velha máxima que tratava os japoneses como maus jogadores

MURICY RAMALHO madrugou ontem no Japão para ficar de olhos bem abertos ao ver a lição de bola que o Barcelona de Pep Guardiola deu no Real Madrid de José Mourinho.

Se Ramalho pode ficar sem dormir, Mourinho, vai ver, anda pensando até em suicídio.

Porque, convenhamos, um time com 15 vitórias seguidas, em casa, que sai na frente com 20 segundos de jogo graças a um erro bizarro do goleiro rival, que estava três pontos na frente do adversário com um jogo a menos, podendo, portanto, abrir nove de diferença ao vencer o clássico, não pode, com a constelação que tem, levar a virada que levou do Barcelona, ou pior, a lição de futebol que levou.

Mas é do Santos que vamos tratar aqui, este Santos que tem de pensar antes no japonês Kashiwa, um time que corre, corre e corre, quase sem pensar, e que só está nas semifinais graças à má

pontaria dos mexicanos do Monterrey na hora de finalizar.

Se o Mazembe é um fantasma que precisa ser considerado, o campeão japonês é o adversário certo mesmo com o apoio da torcida, porque inferior ao time mexicano.

Nesta quarta-feira pela manhã, o Santos tem mais é que se impor desde o início e se aproveitar ainda do desgaste de quem está também em fim de temporada, fará sua terceira partida neste Mundial da Fifa e vem de 120 minutos

de futebol.

Mau futebol, diga-se, sem criatividade alguma.

Porque se para os mexicanos a máxima de que são todos japoneses vale como se não houvesse mais bobos no nivelado futebol mundial, para os brasileiros deve valer com o seu sentido original mesmo, todos como Kaneco, o ponta nissei que jogou no Santos nos anos 60.

O Barça, é claro, é outro problema. E que problema, porque um time até capaz de perder jogos para um Getafe da vida, que não o desafia, mas que não dá brechas quando do outro lado aparece um Milan, um Real Madrid, um Santos...

Ah, alguém dirá, mas o Al Sadd é café pequeno e pode pegar o gigante distraído, ainda mais depois de ter sido favorecido pela sorte e pela arbitragem para eliminar o Espérance, da Tunísia. Tá bom!

O time do Qatar, por acaso, aliás, país que tem uma fundação sua como patrocinadora exatamente dos catalães, deve mesmo é ser goleado em ritmo de treino. E, em caso de zebras, que se volte à velha fórmula da Taça Intercontinental.

blogdojuca@uol.com.br

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.