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Corinthians e São Paulo jogam por chance de voltar à Taça Libertadores
Maratona de clássicos começa pelo melhor
Jorge Araújo/Folha Imagem
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Rogério, do São Paulo, que critica o calendário pelo excesso de jogos com o Corinthians, o que, para ele, tira o gosto do clássico |
FÁBIO VICTOR
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Na maratona de jogos entre São
Paulo e Corinthians nos próximos 15 dias, a medalha de ouro
está na largada, e não na chegada.
Dos três confrontos consecutivos, o jogo de hoje, às 21h45, pelas
semifinais da Copa do Brasil, pode ser considerado o mais relevante para as pretensões dos dois
clubes, pois dá ao vencedor uma
boa chance de conquistar o título
da competição e, consequentemente, uma vaga na Taça Libertadores da América em 2003.
O adversário na final será o vencedor do confronto entre Brasiliense e Atlético-MG. O time do
Distrito Federal, com pouquíssima tradição no futebol nacional,
venceu o primeiro jogo, em Belo
Horizonte, por 3 a 0 e só fica fora
da decisão se sofrer uma goleada
por quatro ou mais gols.
"Este é o jogo do São Paulo porque, se vencermos, teremos a
chance de estarmos na Libertadores", afirma o meia Adriano, que
hoje será titular do São Paulo.
"Para mim, seria uma honra ganhar uma Copa do Brasil", disse
Deivid, atacante corintiano que lidera a artilharia do torneio nacional, com nove gols.
O Corinthians largou na frente
ao vencer o primeiro jogo por 2 a
0. Com isso, pode até perder por
um gol de diferença que fica com
a vaga na decisão. Vitória são-paulina por dois gols de vantagem
provoca cobrança de pênaltis.
O São Paulo, para chegar à final,
precisa quebrar um incômodo tabu: há um ano o clube não vence
um clássico estadual.
Para isso, terá de passar por cima de problemas internos.
Ainda sob o clima da troca de
presidente -o então candidato
da oposição, Marcelo Portugal
Gouvêa, ganhou as eleições e assumiu o cargo prometendo mudanças radicais-, o técnico Nelsinho Baptista, criticado pela nova diretoria, disse que deixará o
cargo após o término do Rio-São
Paulo e da Copa do Brasil.
A situação do Corinthians é
bem mais amena. Sob o comando
de Carlos Alberto Parreira, que
não era o preferido para dirigir o
clube neste ano -antes de acertar
com Parreira, os dirigentes queriam contratar Oswaldo de Oliveira-, o time tem sido elogiado pela maneira como tem atuado.
As semelhanças entre os times
ficam restritas aos desfalques.
Tanto o lateral corintiano Kléber,
suspenso, como o atacante são-paulino França, machucado, são
fundamentais para suas equipes.
Segundo o Datafolha, no Rio-SP, o lateral é responsável por
23,7% de todas as assistências corintianas, enquanto o atacante foi
o autor de 22,4% das finalizações
certas do São Paulo.
Com os três confrontos consecutivos -as outras duas partidas
são pelas finais do Rio-SP-, sem
contar as partidas pela fase final
do São Paulo, o número de jogos
entre os arqui-rivais neste semestre já chega a cinco. Essa "overdose" de jogos entre os rivais desperta opiniões distintas no São Paulo.
Para Nelsinho, os seguidos jogos com uma mesma equipe "não
banalizam, e sim valorizam os
dois clubes, que mostram capacidade ao chegarem às finais de várias competições importantes".
Já o goleiro Rogério desaprova a
idéia de encontrar tantas vezes o
mesmo rival: "Perde até um pouco a graça para o torcedor. Isso é
fruto do nosso calendário".
"Ficará cada vez mais difícil para fazermos as jogadas", opinou o
atacante corintiano Gil.
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