|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Que venha Andorra!
JUCA KFOURI
Mais uma vez o bando entrou
em campo. Pegou o time do
Athletic Bilbao sem seus quatro
principais jogadores.
Taffarel falhou para variar, Doriva deu trombadas e passes errados, o Roberto Carlos do Real
Madrid continua ausente, Ronaldinho jogou de freio de mão puxado, Giovanni desapareceu e
Bebeto, bem o Bebeto...
O empate ficou bem diante da
pressão basca no final.
Os bascos, aliás, suspenderam
suas férias para jogar o amistoso
e praticamente pararam em campo a partir da metade do segundo
tempo, retomando o ritmo só no
fim.
Mas contra a seleção de Andorra...
A
Copa do Brasil teve uma decisão à européia.
A disciplina tática falou mais
alto que a técnica, embora Zinho
(que desencantou novamente),
Rogério e Ricardinho tenham jogado corretamente em todos os
sentidos.
A taça ficou bem pela primeira
vez no Parque Antarctica, como
teria ficado pela terceira na Toca
da Raposa.
Será inevitável que os cruzeirenses guardem de Paulo César a
mesma recordação que os palmeirenses têm de Velloso na decisão de 1996.
Mais justo seria, porém, não esquecerem do que este mesmo
Paulo César jogou em São Januário diante do Vasco.
Porque em terreno molhado até
Dida poderia ter sido vítima da
mesma infelicidade no derradeiro minuto.
Depois de três anos, eis que o
futebol paulista volta a ganhar
um título nacional.
O Palmeiras que não só venceu
a competição mais importante da
primeira metade da temporada,
como, de quebra, acabou com a
hegemonia corintiana entre os
paulistas na Copa do Brasil, festeja uma conquista muito mais
relevante que a do campeonato
estadual.
E, ainda por cima, pode voltar
a sonhar com o título da Libertadores e com Tóquio.
Para não falar da afirmação de
Luís Felipe Scolari no futebol de
São Paulo, um cala boca que dói
muito mais em alguns que o destempero de uma tarde infeliz.
E tanto o Palmeiras quanto o
Cruzeiro mostraram mais que o
bando de Zagallo.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|