|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Falhas no suprimento de bolas ao ataque eleva participação de Júnior Baiano e Aldair nos lançamentos
Zagueiros se convertem em "armadores' do time
dos enviados a Bilbao
As dificuldades da criação no
meio-campo da seleção brasileira
transformaram os zagueiros Júnior Baiano e Aldair nos principais lançadores da equipe no empate com o Athletic Bilbao, ontem.
Juntos, eles executaram 14 lançamentos aos jogadores do ataque. Desses, oito saíram errado.
Em todo o jogo, foram 26 lançamentos brasileiros, com um índice
de só 27% de aproveitamento.
A opção pelos lançamentos em
função da falta de criatividade fica
evidente quando comparados os
números do teste de ontem aos do
amistoso contra a Argentina.
Ontem, a seleção executou 25
dribles nos 90 minutos de partida.
Contra a Argentina, com Denílson em campo -o maior driblador dos últimos campeonatos Brasileiro e Paulista-, o time tentou
muito mais a jogada individual.
Foram 38 dribles e, consequentemente, menos lançamentos: 13.
Segundo o Datafolha, os volantes César Sampaio e Doriva pouco
ajudaram na criação contra o time
espanhol. O jogo teve só um lançamento de Doriva, e nenhum de
Sampaio, esse ainda o terceiro menos acionado entre os jogadores
que começaram jogando.
Apesar do baixo rendimento no
suprimento de bolas ao ataque,
Doriva acreditava, após o jogo, ter
desempenhado um bom papel
nessa função.
"Quando é necessário, temos
que tentar as jogadas de ataque",
afirmou o volante do Porto.
Dessa forma, a qualidade e a eficiência na criação de jogadas da
equipe ficaram a cargo de Rivaldo
e Giovanni, que voltavam para armar as jogadas no campo da defesa brasileira.
Como aos 29min, quando Rivaldo fez ótimo lançamento para Roberto Carlos. O lateral foi até a linha de fundo e cruzou. Porém
Giovanni não conseguiu completar o cruzamento de cabeça.
Mesmo quando a bola chegava
ao ataque, a equipe não se apresentou eficiente. Os atacantes Ronaldinho e Bebeto mostraram dificuldades na finalização.
O atacante da Inter de Milão
chutou a gol apenas duas vezes.
Bebeto, nenhuma.
"Com mais treinos, os atletas
vão se conhecer melhor e vão saber onde os companheiros gostam
de receber os passes", disse o
coordenador técnico Zico.
Segundo tempo
Mesmo com a marcação de um
gol logo aos 3min da segunda etapa, a seleção continuou mostrando pouca criatividade.
Aos 20min, para tentar melhorar
a ligação com o ataque, o técnico
Zagallo tirou César Sampaio e escalou Leonardo.
"Não vejo problema em realizar
essa função. Mas é preciso treinar", afirmou Leonardo.
A mudança melhorou a equipe,
mas a evolução não pôde ser sentida por muito tempo, já que o treinador fez outras substituições.
Durante os treinamentos táticos
na última semana, em
Ozoir-la-Ferrière (França), uma
das principais preocupações do
técnico Zagallo foi ajustar a articulação das jogadas ofensivas.
Uma das preocupações do técnico foi o posicionamento do meia
Giovanni. Inicialmente, o técnico
temia que o setor do jogador ficasse desprotegido com os constantes
avanços para o ataque.
Giovanni acabou ficando inibido e mais preocupado em marcar
os adversários. "Jogo dessa maneira no Barcelona. Devo me soltar mais nos próximos treinos",
disse o jogador.
(MD e AGz)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|