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Estado brilha em Nacionais e Copas do Brasil
DO ENVIADO A MONTEVIDÉU
E DA REPORTAGEM LOCAL
O Rio Grande do Sul é o Estado
da Federação com os melhores resultados históricos nas duas principais competições nacionais: o
Brasileiro e a Copa do Brasil.
Quando o chileno Figueroa
marcou contra o Cruzeiro, de cabeça, o gol que deu em 1975 o primeiro título nacional para o Internacional e para o Estado, os clubes gaúchos começaram a construir uma galeria de troféus única
para um lugar com a população
(pouco mais de 10 milhões de habitantes) e o número de clubes
que tem o Rio Grande do Sul.
No Brasileiro, os clubes do Estado contabilizam cinco conquistas.
Três com o Internacional e duas
com o Grêmio, que levou a competição pela primeira vez em 1981,
quando um atacante calou o estádio do Morumbi com um belo
gol, chute de fora da área, na decisão contra o São Paulo: Baltazar.
Se perdem no total de troféus
para paulistas e cariocas, os gaúchos superam ou igualam os dois
maiores centros do país quando
se verifica a equação entre títulos
ganhos por participações.
Com apenas sete representantes
em toda a história do Brasileiro,
sem contar os módulos mais modestos da Copa João Havelange, o
Rio Grande do Sul tem um título
da competição para cada 16 participações de seus clubes somados.
O Rio tem a mesma proporção,
mas atingida com as conquistas
de quatro equipes diferentes.
Já São Paulo fica longe -teve
um clube campeão a cada 20,1
participações de seus 23 representantes que disputaram pelo menos uma edição do Brasileiro.
Os gaúchos, apesar do momento de decadência do Inter, lideram
outro ranking da competição, que
mede não só o número de títulos.
Entre 1971 e 2000, considerando
três pontos por vitória e um por
empate, os clubes do Rio Grande
do Sul conquistaram 50,8% dos
pontos disputados em jogos do
Brasileiro. Em segundo lugar nessa lista aparece São Paulo, com
aproveitamento de 50,5%.
Até hoje, só um time terminou o
Nacional como campeão de forma invicta -o Internacional de
1979, que tinha o volante Falcão
como principal destaque e Ênio
Andrade como treinador.
Naquela equipe também atuava
o zagueiro Mauro Galvão, que depois de rodar pelo mundo atua
hoje no Grêmio, onde foi campeão da última Copa do Brasil.
Se no Brasileiro os gaúchos lideram a galeria de títulos em termos
proporcionais, na Copa do Brasil,
que sempre teve um sistema eliminatório, o domínio do Estado
aparece de forma absoluta.
Com o título obtido há duas semanas contra o Corinthians pelo
Grêmio de Tite -a maior revelação como técnico nos últimos
anos no país e que foi aluno de
educação física de Luiz Felipe
Scolari-, o Rio Grande do Sul
tem seis títulos da competição, ou
metade de todas as edições disputadas até hoje pela Copa do Brasil.
Três clubes gaúchos já foram
campeões da competição, que leva seu vencedor à Libertadores.
O segundo colocado no ranking
de títulos da competição é Minas
Gerais, com três conquistas, todas
conseguidas pelo Cruzeiro.
Na Copa do Brasil, os gaúchos
provam também que não sentem
a pressão de decidir fora de casa.
Os três últimos títulos do Estado
nessa competição foram ganhos
dessa forma. Com o Grêmio, em
1997 e 2001, e com o Juventude,
campeão modesto diante do Botafogo em um Maracanã lotado
com 100 mil torcedores.
Na Libertadores, principal competição sul-americana de clubes,
o futebol do RS também se destaca. Nas 14 participações de seus times, foram dois títulos com o
Grêmio, em 1983 e 1995, e dois vices -um com o Grêmio e outro
com o Internacional.
Foi nesse torneio que Scolari se
projetou definitivamente -depois do triunfo com o Grêmio, levou o Palmeiras ao título em 1999.
Em Montevidéu, onde comanda a seleção hoje contra o Uruguai, o técnico ajudou a impor a
maior derrota em casa da história
do Nacional: na Mercosul de 1998,
o Palmeiras goleou por 5 a 0.
Ainda assim, Scolari leva desvantagem contra os uruguaios,
pois perdeu os dois outros jogos
contra clubes do país.
(FV e PC)
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