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"Pequenos" de SP se consideram
rebaixados com o novo calendário
JOÃO CARLOS BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Para os clubes pequenos de São
Paulo que disputarão, por enquanto, um remodelado Estadual
no próximo ano, a sensação é de
terem sido rebaixados.
""Estamos na segunda divisão,
com certeza", disse o presidente
do Rio Branco, Fred Pantano. O
time de Americana ficou em sexto
no último Paulista, a frente de Palmeiras, São Paulo e Lusa.
""Seria uma segunda divisão, infelizmente. Não podemos entender que não seja, porque, se haverá um grupo acima, será isso",
concordou o presidente da Inter
de Limeira, Richard Drago.
Na última terça-feira, um calendário quadrienal para o futebol
brasileiro foi anunciado no Rio,
com a participação, inclusive, do
presidente licenciado da FPF (Federação Paulista de Futebol),
Eduardo José Farah.
Pelo projeto, os clubes grandes
deixam de participar dos Estaduais a partir do próximo ano.
Essas equipes jogarão os Regionais. Na sequência, haverá um Super Campeonato local, entre os
três melhores representantes na
primeira disputa e o campeão do
remodelado Estadual.
No caso paulista, os cinco grandes (Corinthians, Palmeiras, São
Paulo, Santos e Lusa) e mais quatro times representarão o Estado
no Torneio Rio-São Paulo.
Desses postos restantes, dois foram dados para Ponte Preta e
Guarani, as duas equipes de Campinas, e dois ficaram em aberto.
A hipótese favorita para completar a representação no Rio-SP é
dar uma vaga ao vice-campeão
paulista, o Botafogo, e a última
para a segunda divisão.
Confirmado isso, o Estadual de
2002 terá os demais times que
participaram da edição deste ano
(São Caetano, Rio Branco, União
São João, Portuguesa Santista, Inter de Limeira, Matonense, União
Barbarense e Mogi Mirim).
Para essas nove equipes, a única
chance de enfrentar os grandes no
próximo ano será se classificar
para o Super Campeonato.
Entre os clubes pequenos que
disputaram o último Paulista, os
maiores beneficiados serão o
Guarani e o Mogi Mirim, que haviam sido rebaixados.
Além da nova condição que
passam a ter, os pequenos atingidos questionam a escolha dos representantes extras no Torneio
Rio-São Paulo. ""Vou querer saber
quais são os critérios", afirmou o
presidente do Rio Branco.
Uma reunião para definir a fórmula do próximo Paulista já está
marcada para o dia 11.
Também já está ensaiada a cobrança por medidas para amenizar eventuais prejuízos financeiros. ""De repente, terá um meio de
nos compensar", disse Pantano.
Outra expectativa é por um contra-ataque de Farah, que ficou enfraquecido com o novo calendário. ""Ele não só vai como deve reagir", cobrou Richard Drago. ""Para o nosso campeonato, teria que
ser diferente", completou.
Alguns dirigentes ainda estão
incrédulos com o que houve. José
Mário Pavan (União São João) e
Virgilio Pina (Portuguesa Santista) querem ouvir da FPF as mudanças para, depois, opinarem.
Os maiores temores são a perda
de interesse e a queda de arrecadação com a ausência dos grandes. ""Que TV vai investir em um
torneio desse?", reclamou Drago.
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