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PERFIL
Kleberson supera inexperiência e vira destaque na decisão
DOS ENVIADOS A YOKOHAMA
O segundo jogador mais jovem do time principal. O menos
experiente com a camisa da seleção brasileira. O último atleta a
assegurar uma vaga entre os titulares de Luiz Felipe Scolari.
Esses obstáculos, suficientes
para derrubarem qualquer novato em uma final de Copa do
Mundo, não foram capazes de
evitar que o paranaense Kleberson, 23, se transformasse ontem
no coadjuvante de mais brilho
na vitória brasileira sobre a Alemanha por 2 a 0.
No primeiro tempo, em chute
de fora da área, acertou a trave
alemã, além de ajudar na marcação e de um bom desempenho
nos passes (precisão de 80%).
Mas a consagração maior chegou no segundo tempo. Ele começou a jogada do segundo gol
brasileiro, ao cruzar a bola que
Rivaldo deixou passar, por entre
as pernas, e acabou com a precisa conclusão de Ronaldo.
Essa boa performance vem do
único jogador que começou a
partida contra os alemães e não
estava no "11" titular do confronto com a Turquia, na estréia
brasileira na Copa, em Ulsan.
Vem também de um meia que
até o ano passado nunca havia
sido convocado para o time nacional. A sua primeira convocação só aconteceu no início deste
ano, quando Scolari não podia
contar com os jogadores que
atuavam em clubes do exterior e
apelou então para um atleta que
havia brilhado na conquista do
título brasileiro pelo Atlético-PR
no ano passado.
Em amistosos contra fracas
equipes, como Bolívia e Arábia
Saudita, Kleberson aproveitou a
oportunidade recebida para garimpar seu lugar no grupo que
esteve no Mundial asiático.
Ao fim da decisão do Mundial,
um batalhão de repórteres europeus buscava informações sobre
o rosto menos conhecido entre
os titulares da seleção brasileira.
Pelo menos até ontem, antes
de ver seu contratado brilhar, a
diretoria do Atlético-PR, único
clube da carreira profissional de
Kleberson, assegurava que ainda não havia recebido nenhuma
proposta oficial pelos direitos
federativos do jogador.
(FV, FM, JCA, JAB, PC, RBU, RD E SR)
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