Na noite de sábado, a mesma pergunta foi feita milhões de vezes: ""onde você vai ver o jogo?". "O jogo" que foi capa de jornal em cinco continentes, adiou eleições na Bolívia e missas em toda parte...
Momento incrível esse, em que todos torcem pelo mesmo lado - o Brasil, claro. Ok, não são todos, mas tente encontrar uma maioria avassaladora como essa, em qualquer lugar ou situação no mundo. Não existe.
""O jogo" é muito mais do que futebol. Por isso, muitos se aborrecem com os críticos -pra que analisar, dissecar, ponderar? Pra que encher o saco com essa história de meio-campo? Nada disso importa. Importa torcer, comemorar. Reafirmar a identidade nacional, a combalida auto-estima, e dizer: ""Nós somos os melhores. De novo".
E dá-lhe torcida por Ronaldo, com todos os sotaques. Um sujeito que, raspando o cabelo no banheiro, deixou um topete estranho antes de cortar tudo e decidiu brincar com a própria aparência, saindo assim na rua. E ""rua" pra ele é o mundo todo. Esse cara, disposto a rir de si mesmo na frente do planeta, provavelmente é a pessoa mais querida hoje entre os seres humanos. E como lutou para simplesmente voltar a jogar bola! Foi campeão do mundo.
Parabéns Cafu, 100% Jardim Irene. Parabéns Ronaldo, Rivaldo, Kleberson, Marcos, Gilberto Silva, Roberto Carlos, todos os campeões. Bilhões de pessoas estão felizes hoje porque vocês ganharam ""o jogo".

soninha.folha@uol.com.br



Texto Anterior: José Geraldo Couto: A "volta por cima" de Ronaldo e dos outros
Próximo Texto: Turista Ocidental: Higa um brasileiro
Índice