São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2005

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Cirurgia abre campanha por vaga no meio

Fernando Donasci/Folha Imagem
O meia Hugo, que concorre com Carlos Alberto pela vaga do machucado Roger, participa de treino corintiano no Parque São Jorge


MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O horário eleitoral já está aberto para os candidatos à vaga de Roger no time do Corinthians. E o futebol solidário foi a bandeira que os dois principais concorrentes empunharam nessa campanha pela titularidade.
Ontem, a marcação foi a virtude ressaltada tanto por Carlos Alberto quanto por Hugo, apontados pelo técnico Antônio Lopes como prováveis substitutos do meia, que se submeteu ontem a uma cirurgia que lhe implantou seis pinos na perna direita fraturado no empate de anteontem com o Vasco, em 1 a 1. Roger só volta a jogar no ano que vem.
O primeiro a defender seu programa de atuações foi Carlos Alberto. "O Roger organiza o jogo e trabalha mais os lançamentos. Eu ajudo mais na marcação e gosto de sair com a bola dominada para tentar deixar os companheiros na cara do gol", afirmou.
O outro candidato, Hugo, manteve o debate no mesmo ponto e, sem saber, discordou de Carlos Alberto. "Roger e Carlos Alberto têm características de drible, eu procuro organizar mais o jogo e já consigo marcar mais."
Na corrida por um lugar no jogo de amanhã, contra o Cruzeiro, pelo Brasileiro, os dois suplentes foram unânimes em lamentar o infortúnio do antecessor, mas afirmam que as metas do Corinthians, que governa o campeonato com larga vantagem, devem continuar.
"A gente lamenta muito. O Roger era essencial pra gente. Mas o grupo é muito unido tem que dar o melhor, independentemente de quem jogue", disse Hugo, uma das contratações menos badaladas da era MSI.
Carlos Alberto, por sua vez, lembrou que conhece bem a situação vivida por Roger, e ressaltou a existência do espírito de união no grupo hoje.
"Qualquer jogador que esteja fora sente muito quando fica afastado por contusão. Quando a gente entra em campo, pensa-se muito no Roger, no Sebá e no Mascherano. Todo mundo lamenta, mas a gente não pode se abalar não", disse, lembrando-se dos argentinos que estão fora respectivamente por problemas no púbis e cirurgia no pé.
O meia-atacante, ao contrário de Hugo, chegou com muita badalação. A MSI gastou 7 milhões (cerca de R$ 20 milhões) para tirá-lo do Porto, onde havia conquistado a prestigiada Copa dos Campeões da Europa.
Depois da cirurgia da manhã de ontem para reconstrução dos ligamentos e correção da fratura na fíbula, o médico Joaquim Grava afirmou que tudo correu bem com Roger. Ele deverá começar a fisioterapia na quinta-feira. Hoje ele deve receber alta do Hospital São Luiz, no Morumbi, mas a previsão de retorno fica de dois meses a dois meses e meio.
Antes de se machucar, Roger, que tinha fama de pouco se empenhar no Fluminense, era o corintiano com o segundo maior número de partidas no Brasileiro, só atrás do zagueiro Betão.
Sem Rosinei, expulso contra o Vasco, Lopes terá no meio o retorno de Marcelo Mattos, suspenso, enquanto Marinho volta à zaga no jogo contra os mineiros.


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