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TÊNIS
Na hora da decisão
THALES DE MENEZES
A semana tem uma pergunta
que não quer calar: como é que
Pete Sampras perdeu feio para
Andre Agassi na última quarta-feira e, quatro dias depois, destruiu o rival na decisão da Copa
do Mundo, em Hannover?
Bem, dizer que tênis é uma
caixinha de surpresas seria fugir
da raia. Na verdade, Sampras, o
maior tenista da história, é tão
bom que consegue jogar ainda
melhor quando está numa partida decisiva, valendo um título
-e um caminhão de dólares.
Em dez temporadas como profissional, Sampras chegou a 78
finais de torneios. Ganhou 61 delas, com 76,3% de vitórias.
Quem mais chega perto dessa
marca é Ivan Lendl, com 65,2%.
O mais impressionante é que,
dessas 61 vitórias, 39 (64%) foram conquistadas sem ceder
sets. E Sampras tem seus melhores desempenhos quando disputa os torneios mais importantes.
No Grand Slam, ganhou 12 das
13 finais que disputou, índice de
92,3%. Das 12 vitórias, 8 tiveram
placar de 3 sets a 0.
Na Copa do Mundo, Sampras
conquistou cinco títulos e só perdeu uma final, em 1993, para o
alemão Michael Stich, que é um
dos poucos a levar vantagem
diante do americano em partidas que valem título.
Sampras disputou finais contra 35 jogadores. Só leva a pior
diante de quatro deles: Stich, o
sueco Stefan Edberg e o sul-africano Wayne Ferreira -cada
um venceu a única final que fez
contra Sampras- e o francês
Guy Forget, vencedor de duas de
três finais disputadas.
Mas Sampras supera 31 oponentes nas estatísticas de confrontos diretos em finais. O alemão Boris Becker, já aposentado, é seu maior freguês, perdendo seis vezes em sete confrontos
com o americano.
Mas o maior rival de Sampras
no momento das decisões é justamente seu adversário do último domingo. Ele e Andre Agassi
já jogaram 13 finais, com vantagem de 8 a 5 para Sampras.
Mas esse duelo ainda não acabou. Para o prazer dos fãs.
NOTAS
Revolta geral
A caixa de e-mails do colunista está abarrotada. Muita gente
reclama da maneira encontrada pela TV Record para transmitir as partidas de Gustavo
Kuerten na Copa do Mundo. O
esquema de colocar flashes durante a programação foi repudiado por torcedores que ficaram revoltados com a falta de
preparo dos apresentadores da
emissora. Segundo os reclamantes, o pessoal nem sabia a
contagem do tênis. Bem, pelo
menos a final passou inteira, no
domingo. Mas o esquema de
flashes merece ser repensado.
Palpite dos famosos
Ex-ídolos apontaram seus favoritos para o topo do ranking
mundial nas próximas temporadas. Gustavo Kuerten teve 5
de 25 votos (de José Higueras,
Stan Smith, Boris Becker, Manoel Orantes e Eddie Dibbs).
Mas o preferido é o australiano
Lleyton Hewitt, com 11 votos.
Cinco votaram em Sampras.
E-mail thales@folhasp.com.br
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