São Paulo, Quarta-feira, 01 de Dezembro de 1999


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TÊNIS
Na hora da decisão

THALES DE MENEZES
A semana tem uma pergunta que não quer calar: como é que Pete Sampras perdeu feio para Andre Agassi na última quarta-feira e, quatro dias depois, destruiu o rival na decisão da Copa do Mundo, em Hannover?
Bem, dizer que tênis é uma caixinha de surpresas seria fugir da raia. Na verdade, Sampras, o maior tenista da história, é tão bom que consegue jogar ainda melhor quando está numa partida decisiva, valendo um título -e um caminhão de dólares.
Em dez temporadas como profissional, Sampras chegou a 78 finais de torneios. Ganhou 61 delas, com 76,3% de vitórias. Quem mais chega perto dessa marca é Ivan Lendl, com 65,2%.
O mais impressionante é que, dessas 61 vitórias, 39 (64%) foram conquistadas sem ceder sets. E Sampras tem seus melhores desempenhos quando disputa os torneios mais importantes. No Grand Slam, ganhou 12 das 13 finais que disputou, índice de 92,3%. Das 12 vitórias, 8 tiveram placar de 3 sets a 0.
Na Copa do Mundo, Sampras conquistou cinco títulos e só perdeu uma final, em 1993, para o alemão Michael Stich, que é um dos poucos a levar vantagem diante do americano em partidas que valem título.
Sampras disputou finais contra 35 jogadores. Só leva a pior diante de quatro deles: Stich, o sueco Stefan Edberg e o sul-africano Wayne Ferreira -cada um venceu a única final que fez contra Sampras- e o francês Guy Forget, vencedor de duas de três finais disputadas.
Mas Sampras supera 31 oponentes nas estatísticas de confrontos diretos em finais. O alemão Boris Becker, já aposentado, é seu maior freguês, perdendo seis vezes em sete confrontos com o americano.
Mas o maior rival de Sampras no momento das decisões é justamente seu adversário do último domingo. Ele e Andre Agassi já jogaram 13 finais, com vantagem de 8 a 5 para Sampras.
Mas esse duelo ainda não acabou. Para o prazer dos fãs.

NOTAS

Revolta geral
A caixa de e-mails do colunista está abarrotada. Muita gente reclama da maneira encontrada pela TV Record para transmitir as partidas de Gustavo Kuerten na Copa do Mundo. O esquema de colocar flashes durante a programação foi repudiado por torcedores que ficaram revoltados com a falta de preparo dos apresentadores da emissora. Segundo os reclamantes, o pessoal nem sabia a contagem do tênis. Bem, pelo menos a final passou inteira, no domingo. Mas o esquema de flashes merece ser repensado.

Palpite dos famosos
Ex-ídolos apontaram seus favoritos para o topo do ranking mundial nas próximas temporadas. Gustavo Kuerten teve 5 de 25 votos (de José Higueras, Stan Smith, Boris Becker, Manoel Orantes e Eddie Dibbs). Mas o preferido é o australiano Lleyton Hewitt, com 11 votos. Cinco votaram em Sampras.

E-mail thales@folhasp.com.br


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