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São Paulo, segunda-feira, 01 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Goiás crava 3 a 0 e acaba com sequência de sete triunfos do time da Vila

Sem virada, Santos perde série invicta e o sonho do bi

DA REPORTAGEM LOCAL

Dessa vez, não houve virada.
O Santos não esboçou o mesmo poder de reação das últimas quatro partidas, perdeu por 3 a 0 para o Goiás e deu adeus ao sonho do bicampeonato no Brasileiro.
Após sete vitórias consecutivas, o time da Vila mostrou abatimento no estádio Serra Dourada. Para continuar na luta pelo troféu, precisava vencer e torcer por um tropeço do Cruzeiro. Jogando mal, o time não cumpriu sua parte.
O técnico Leão, que não pôde escalar Robinho e Paulo Almeida, suspensos, optou por uma formação ofensiva, com Jerri armando as jogadas ao lado de Diego. Elano, após atuar como meia e lateral, foi colocado no ataque.
"A gente nunca entra em campo para empatar. Já demonstramos que nosso negócio é ganhar", disse Fabiano, resumindo o pensamento do elenco antes do duelo.
Mas não foi bem assim. Apesar de tocar a bola com facilidade no ataque, o Santos não conseguia finalizar. Bem organizado na defesa, o Goiás era muito mais objetivo em suas investidas.
Aos 26min, o atacante Grafite, dentro da área, chutou e acertou o travessão de Júlio Sérgio.
As notícias que chegavam do Mineirão também não eram animadoras. O Cruzeiro já vencia o Paysandu por 1 a 0. Antes de torcer por uma resposta dos paraenses, a equipe da Baixada precisava fazer sua parte. E, com Fabiano, quase abriu o placar. Após bate-rebate dentro da área, o atacante chutou forte e acertou o travessão.
Parecia um sinal de que o Santos havia encontrado um caminho para escapar da marcação do rival. Só que não houve tempo para novas tentativas.
Logo depois, aos 39min, o Goiás marcou. Gustavo cruzou da direita, Grafite subiu entre os zagueiros André Luis e Alex e marcou de cabeça seu 12º gol.
O time da Vila Belmiro sentiu o baque e não levou mais perigo até o final da etapa. Do banco, Leão manteve a tradição e reclamou da arbitragem -praguejava que Carlos Eugênio Simon não havia apitado dois pênaltis. Em vão. Restava apenas a esperança uma virada no segundo tempo.
A fé na mudança do marcador durou apenas nove minutos. O zagueiro Pereira, que entrou no lugar de André Luis, tentou cortar um cruzamento da direita e marcou contra. Goiás 2 a 0.
O desânimo então tomou conta dos santistas, e o ataque ficou ainda mais improdutivo. Na única oportunidade em que levou perigo ao rival -um chute de Elano, aos 31min-, o goleiro Rodrigo Calaça fez boa defesa.
Em Belo Horizonte, o Cruzeiro chegava ao segundo gol. O sonho do bicampeonato evaporava.
O Goiás, que voltava a vencer após duas rodadas, também diminuiu o ritmo. O único que permanecia empenhado era o atacante Dimba. Ele acossava o recorde de número de gols em uma mesma edição do Brasileiro -a marca pertencia a Edmundo, em 1997, com 29 tentos.
Sua perseverança foi premiada nos derradeiros minutos do embate. Aos 40min, Alex fez pênalti em Grafite. Dimba bateu e marcou seu 30º gol no Nacional.
Até então, ele estava empatado com o são-paulino Luis Fabiano. Com os braços erguidos para o céu, celebrou a artilharia isolada.
Ao Santos, restava apenas aguardar o final da partida. "Não tenho o que falar. Só sei que nada deu certo para o nosso time", resumiu o zagueiro Pereira.


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