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FUTEBOL
Goiás crava 3 a 0 e acaba com sequência de sete triunfos do time da Vila
Sem virada, Santos perde série invicta e o sonho do bi
DA REPORTAGEM LOCAL
Dessa vez, não houve virada.
O Santos não esboçou o mesmo
poder de reação das últimas quatro partidas, perdeu por 3 a 0 para
o Goiás e deu adeus ao sonho do
bicampeonato no Brasileiro.
Após sete vitórias consecutivas,
o time da Vila mostrou abatimento no estádio Serra Dourada. Para
continuar na luta pelo troféu, precisava vencer e torcer por um tropeço do Cruzeiro. Jogando mal, o
time não cumpriu sua parte.
O técnico Leão, que não pôde
escalar Robinho e Paulo Almeida,
suspensos, optou por uma formação ofensiva, com Jerri armando
as jogadas ao lado de Diego. Elano, após atuar como meia e lateral, foi colocado no ataque.
"A gente nunca entra em campo
para empatar. Já demonstramos
que nosso negócio é ganhar", disse Fabiano, resumindo o pensamento do elenco antes do duelo.
Mas não foi bem assim. Apesar
de tocar a bola com facilidade no
ataque, o Santos não conseguia finalizar. Bem organizado na defesa, o Goiás era muito mais objetivo em suas investidas.
Aos 26min, o atacante Grafite,
dentro da área, chutou e acertou o
travessão de Júlio Sérgio.
As notícias que chegavam do
Mineirão também não eram animadoras. O Cruzeiro já vencia o
Paysandu por 1 a 0. Antes de torcer por uma resposta dos paraenses, a equipe da Baixada precisava
fazer sua parte. E, com Fabiano,
quase abriu o placar. Após bate-rebate dentro da área, o atacante
chutou forte e acertou o travessão.
Parecia um sinal de que o Santos havia encontrado um caminho para escapar da marcação do
rival. Só que não houve tempo para novas tentativas.
Logo depois, aos 39min, o Goiás
marcou. Gustavo cruzou da direita, Grafite subiu entre os zagueiros André Luis e Alex e marcou de
cabeça seu 12º gol.
O time da Vila Belmiro sentiu o
baque e não levou mais perigo até
o final da etapa. Do banco, Leão
manteve a tradição e reclamou da
arbitragem -praguejava que
Carlos Eugênio Simon não havia
apitado dois pênaltis. Em vão.
Restava apenas a esperança uma
virada no segundo tempo.
A fé na mudança do marcador
durou apenas nove minutos. O
zagueiro Pereira, que entrou no
lugar de André Luis, tentou cortar
um cruzamento da direita e marcou contra. Goiás 2 a 0.
O desânimo então tomou conta
dos santistas, e o ataque ficou ainda mais improdutivo. Na única
oportunidade em que levou perigo ao rival -um chute de Elano,
aos 31min-, o goleiro Rodrigo
Calaça fez boa defesa.
Em Belo Horizonte, o Cruzeiro
chegava ao segundo gol. O sonho
do bicampeonato evaporava.
O Goiás, que voltava a vencer
após duas rodadas, também diminuiu o ritmo. O único que permanecia empenhado era o atacante Dimba. Ele acossava o recorde de número de gols em uma
mesma edição do Brasileiro -a
marca pertencia a Edmundo, em
1997, com 29 tentos.
Sua perseverança foi premiada
nos derradeiros minutos do embate. Aos 40min, Alex fez pênalti
em Grafite. Dimba bateu e marcou seu 30º gol no Nacional.
Até então, ele estava empatado
com o são-paulino Luis Fabiano.
Com os braços erguidos para o
céu, celebrou a artilharia isolada.
Ao Santos, restava apenas
aguardar o final da partida. "Não
tenho o que falar. Só sei que nada
deu certo para o nosso time", resumiu o zagueiro Pereira.
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