São Paulo, sábado, 2 de janeiro de 1999

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Técnico vê 'panelinha queniana'

da Reportagem Local

O treinador de Émerson Iser Bem, Ricardo D'Angelo, 37, afirmou que a corrida em equipe dos quenianos foi determinante para a terceira vitória de Paul Tergat na São Silvestre.
"No nono quilômetro, o (Elijah) Lagat, da mesma equipe do Tergat (Fila), foi muito para a frente, o que acabou quebrando o (John) Gwako (Adidas)", disse D'Angelo.
Ele se referiu ao ritmo acelerado que Lagat começou a imprimir e que levou Gwako, ao tentar acompanhar, a exaurir-se.
Segundo D'Angelo, Iser Bem manteve na maior parte da prova a tática, considerada correta, de correr ao lado de Tergat. Mas, por volta do km 11 (Teatro Municipal), Tergat avançou, para ultrapassar Lagat, e Iser Bem não foi junto.
"Pensei que eles iam quebrar, mas não quebraram. Foram para o pódio", disse Iser Bem, lamentando não ter tido a seu lado no primeiro pelotão um brasileiro para ajudá-lo a pressionar os rivais.
"Estamos evoluindo, não podemos competir de igual para igual com eles, candidatos a medalha olímpica sempre", conformou-se.
Para a São Silvestre deste ano, ele diz esperar que o recordista mundial da maratona, Ronaldo da Costa, participe, a fim de intimidar psicologicamente os estrangeiros. "Ele é respeitado lá fora."
Em maio deste ano, na Holanda, depois de provas no Uruguai, Japão e Europa, Iser Bem tentará índice nos 5.000 m e 10.000 m para os Jogos Pan-Americanos, no Canadá, em julho. (EA, JCA e LC)



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