São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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FUTEBOL

Seleção terá 3 rivais que estão entre os 5 primeiros

Sem empolgar, Brasil enfrenta agora adversários mais difíceis

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

No empate sem gols com o Paraguai anteontem, a seleção brasileira ultrapassou a metade inicial do primeiro turno das eliminatórias sul-americanas sem empolgar e com um modesto terceiro lugar na classificação.
E com motivos de preocupação, já que, pelo menos no que indica a tabela, a parte mais difícil do torneio ainda está por vir.
Dos quatro adversários que ainda restam até o final do turno, três (Argentina, Chile e Venezuela) estão entre os cinco primeiros.
Até agora, a equipe comandada por Carlos Alberto Parreira fez cinco confrontos, sendo quatro contra adversários que estão hoje fora da zona de classificação (os quatro primeiros) ou até da chance da repescagem contra a melhor seleção da Oceania (quinto).
"A verdade é que nas eliminatórias não tem partida fácil. É só ver o que aconteceu com a Venezuela, que ganhou de três do Uruguai", afirmou o técnico brasileiro, colocando toda a trajetória de sua equipe no qualificatório no mesmo nível de dificuldade.
Antigo saco de pancadas sul-americano, a Venezuela foi colocada como último adversário do Brasil nas eliminatórias, tanto nas para o Mundial de 2002 como agora, por não representar uma ameaça caso o time nacional tivesse que disputar uma vaga na rodada derradeira, justamente como aconteceu com o time de Luiz Felipe Scolari antes da Copa da Coréia do Sul e do Japão.
Em novembro de 2001, o Brasil estava em quarto lugar, com 27 pontos, e disputava a última vaga direta ao Mundial com Uruguai (26) e Colômbia (24). Os venezuelanos já estavam fora da disputa.
Além da posição na tabela, a seleção brasileira não empolga em outras estatísticas. Seu ataque é apenas o quarto mais efetivo das eliminatórias, enquanto a defesa, tão criticada, vai melhor -é a terceira menos vazada.
"Ficam falando tanto da zaga, mas mostramos contra o Paraguai nosso trabalho", declarou o zagueiro Roque Júnior, após o empate de anteontem.


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