DOS ENVIADOS A ULSAN

Os jogadores da seleção brasileira pareciam estar ensaiados. Todos apontaram a ansiedade como um dos principais obstáculos para o jogo de estréia na Copa, tido por eles como o mais complicado da primeira fase.
Os pupilos de Luiz Felipe Scolari não se cansavam de lembrar a dificuldade de seleções brasileiras nas primeiras partidas de outros Mundiais. Citavam as apertadas vitórias contra Escócia (1998), Rússia (1994) e Suécia (1990).
"Dá uma tensão até chegar o momento do jogo. Queremos que termine logo para sabermos o resultado, porque uma vitória nos dará tranquilidade para o próximo jogo. Teremos cinco dias para trabalhar em paz", disse Rivaldo, que disputa sua segunda Copa.
Denílson, tido como o 12º jogador de Scolari, vai na mesma linha. "Agora dá para controlar um pouco o frio na barriga, mas ainda é grande. Em 98, era quase insuportável", disse o atacante.
Se entre os mais escolados a tensão incomoda, não é diferente entre os 16 atletas que disputam o torneio pela primeira vez.
"Em nossa carreira, nosso objetivo maior era esse. Copa do Mundo é Copa do Mundo. A gente fica pensando na estréia, sobre como vai ser o jogo. Queremos que passe isso logo", afirmou Edílson, um dos poucos que comentou a ausência de uma psicóloga na seleção.
"Conheço a Regina [Brandão] desde os tempos de Palmeiras. É uma grande profissional, trabalha bem a cabeça dos jogadores. Mas não dá para saber se vai fazer falta ou não. Depende muito de jogador para jogador", disse ele, que é estreante em Copas.
Mais jovem jogador da equipe, Kaká, 20, diz que tem rezado para amenizar a angústia. "Tenho orado bastante e pedido proteção e tranquilidade para ajudar a seleção." Assim como outros novatos, ele tem conversado com Cafu, que vai para sua terceira Copa, para se acalmar. (FV, FM, JAB E SR)


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