DO ENVIADO A BELO HORIZONTE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Vai ter um toque de Marquês de Sapucaí, a passarela do samba carioca, o duelo Brasil x Argentina. Atrás de receitas, os organizadores, mesmo com o Mineirão encolhido, criaram camarotes, adquiridos por grandes empresas, e mudaram o perfil normal da renda de uma partida de futebol.
Por preços que variavam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, foram colocados à venda 52 camarotes com capacidade para até cem pessoas.
A lista dos compradores inclui gigantes como Nokia, Itaú, Motorola, Mastercard, Unibanco e Coca-Cola.
Os números não estão fechados, mas se estima que a arrecadação nesses setores fique em torno de R$ 1,5 milhão, ou cerca de 15 vezes a bilheteria média de um jogo do Brasileiro.
Para montar os camarotes o Mineirão sacrificou boa parte das cadeiras inferiores. "Foi solicitação da CBF", diz Fernando Sasso, administrador do estádio mineiro.
Ao lado dos camarotes, foi criada uma área VIP, que custa hoje R$ 150 para mulheres e R$ 200 para homens.
E não é só a ver futebol que convidados ilustres e outros nem tanto terão direito lá.
O pacote básico traz um dos melhores bufês de Belo Horizonte, estacionamento, garçons, TVs de 29" e três seguranças. Quem pagar um extra de R$ 10 mil recebe TVs com tela de plasma e seguranças e garçons extras.
A bebida também está liberada. No pacote básico, só cerveja; no mais luxuoso, também uísque. Já para o torcedor que estará em outros setores a venda de álcool chegou a ser proibida, mas deve ser liberada hoje.
Além de comes, bebes e bola, os freqüentadores dos camarotes poderão dançar em tendas montadas nos anéis de circulação do Mineirão. A música vai rolar antes do jogo, no intervalo e após o apito final. Na área VIP também foi criado um lounge com uma pista de dança. (PC E PP)


Texto Anterior: Brasil X Argentina: Contra maior rival, Brasil quer mandar de verdade
Próximo Texto: Aécio faz jogo virar festa política
Índice