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Em Paris, atletas visitam loja de cremes e a torre Eiffel; batalhão de mulheres ataca, beija, agarra e passa a mão em jogadores
Na folga, assédio cansa jogadores
NOELLY RUSSO
enviada especial a Paris
O dia de folga dos jogadores da
seleção brasileira acabou dando
uma bela canseira nos atletas que
se aventuraram a sair da concentração em Lésigny.
O cansaço começou por volta
das 10h. Rivaldo, Giovanni, Cesar
Sampaio, Aldair e Zé Carlos se
abaixaram nos bancos de um dos
ônibus da Copa para tentar fugir
da imprensa. Ficaram agachados
por cerca de três quilômetros até
chegarem à estrada que leva a Paris, quando enfim se sentaram.
Os jogadores foram fazer compras na loja Eden, especializada
em perfumes, cremes para o corpo
e rosto. A loja fica próxima às Galerias Lafayettes, a loja de departamento mais famosa de Paris. A loja estava fechada ontem por ser feriado na França.
Eles já são clientes da Eden há
pelo menos um ano. "Eles compraram perfumes para eles, para
as mulheres e para as famílias.
Também escolheram algumas gravatas e bolsas", disse uma das
funcionárias da loja que pediu para não ser identificada.
"A Eden mantém os jogadores
como clientes porque nós nos
comprometemos com a discrição.
Por isso, e a pedido dos jogadores,
não posso revelar quanto eles gastaram, nem quais as marcas que
escolheram", disse a funcionária.
A Eden havia sido avisada no dia
anterior sobre a visita dos jogadores e fechou suas portas para outros clientes por cerca de uma hora, tempo em que os jogadores faziam compras.
Na saída da loja, um pequeno
grupo, com cerca de 12 pessoas,
uniformizadas com a camisa do
Brasil, aguardava os jogadores.
Além deles, um "exército" de
mulheres, francesas, brasileiras e
espanholas, "atacou" os jogadores com beijos, puxões, passadas
de mão e gritos histéricos.
O principal alvo foi o atacante
Rivaldo, que chegou a levar dois
beijos de uma vez só, um em cada
bochecha. Encabulado, dizia: "Ai,
ai. Chega, gente".
Giovanni, mais sério, andava
grudado às paredes da rua à procura do ônibus, onde se encontrava a salvo do assédio, um tanto desenfreado, das fãs.
O meia levava uma sacola plástica na qual, segundo ele, havia perfumes e cremes. "Não lembro direito os nomes", disse.
A funcionária da loja afirmou
que foram diversas marcas diferentes de perfume. "Eles costumam variar bastante."
A próxima parada do ônibus foi
outra batalha: a torre Eiffel, o ponto turístico mais famoso de Paris.
Os jogadores foram cercados por
vários fãs.
Na hora de ir embora, Rivaldo
novamente foi a principal vítima.
Desta vez, o atacante foi "emboscado" por um grupo de jogadores
mirins do Racing de Carlet, da Espanha. "Ribaldo (sic), somos Barça!", gritavam ao cercá-lo.
Antes de conseguir entrar no táxi, ele fez fotos com os garotos,
deu autógrafos, mas falou pouco.
"É minha primeira visita a Paris.
É bom tirar uma folga para desligar um pouco da tensão da Copa", disse o jogador, que não quis
dar muitas entrevistas e tentou
evitar o tema futebol.
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