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Força de torcedores pode surpreender adversários
do enviado a Paris
A Federação Real Marroquina de
Futebol confia na força de sua torcida para surpreender seus adversários na Copa-98.
"Na França, há mais de 900
mil marroquinos. Nossos torcedores dominarão o estádio, principalmente contra a Noruega (partida de estréia), mas mesmo contra
Brasil e Escócia seremos maioria",
diz Mohamed Moufid, secretário-adjunto da federação. "Na
França, estaremos em casa."
Mas com certeza não será só pela
torcida os africanos poderão se
sentir em casa. "Do nosso time,
mais da metade dos jogadores já
atuou na França", explicou.
"Para eles, então, é como se estivessem jogando a Copa na África. É um ponto positivo para nós."
Uma boa campanha no Mundial
é, para Moufid, uma obrigação.
Afinal, o dirigente lembra que, depois do fracasso do time na Copa-94, o investimento no esporte
foi maciço no país.
Ele lembra que, em 1994, havia
18 mil profissionais ligados ao futebol no Marrocos. Em 1998, este
número chegou à casa dos 90 mil.
O número de treinadores e professores de educação física também aumentou, passando de 300
para 1.800. "Queremos formar
novas gerações de atletas, queremos investir para o futuro."
Quando diz que a federação
"faz tudo pelo futebol", Moufid
não exagera. E cita como exemplo
o fato de até helicópteros os atletas
do Marrocos terem à disposição
em Aix-en-Provence, local da concentração do time na França.
"Na Copa da África, para facilitar o deslocamento dos jogadores, alugamos helicópteros. Na
França, faremos o mesmo."
Com o investimento, Moufid espera que o time consiga pelo menos repetir o feito de 86, quando
chegou às oitavas-de-final no México. Em 94, no entanto, a campanha foi desastrosa. Nos EUA, com
três jogos e três derrotas, o time
ficou em penúltimo lugar.
Sobre os problemas enfrentados
por Henri Michel e seus jogadores,
chamados de mercenários pela
torcida, o dirigente da federação
prefere colocar panos quentes.
"Já está tudo bem. O Henri
Michel é um excelente treinador, e
conta com toda nossa confiança.
Não tenho dúvidas de que estamos
em boas mãos. Feio não faremos",
avisou.
(JCA)
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