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Algazarra e Silvio Santos reinam no hotel que abriga TV e seleção
DOS ENVIADOS A FRANKFURT
A concentração da seleção
em Frankfurt lembrava, desde
as primeiras horas de ontem,
um baile de Carnaval.
Dezenas de torcedores se
concentraram em frente ao hotel do time batendo bola, cantando, dançando e batucando.
Dentro do prédio, apesar das
restrições da segurança, o clima era de algazarra, com torcedores misturados a membros
da delegação brasileira, empresários de jogadores, jornalistas,
VIPs e pretendentes a VIPs.
Sem critério aparente, seguranças com credenciais da Fifa
barraram vários jornalistas e
torcedores. Um deles, Thomas
Werner, disse que "os únicos
jornalistas que têm autorização
para entrar aqui são os da TV
Globo". Questionado sobre
quem havia determinado a distinção, ele informou que fora
ordem da própria Fifa.
Em seguida, chamou um superior, que se recusou a dizer
seu nome e deu uma outra versão. "Quem nos avisou que só a
TV Globo entraria foi a direção
do hotel, orientada pela seleção
brasileira."
Em meio ao batalhão de profissionais da Globo que circulava pelo lobby, quem fez mais
sucesso foi, ironicamente, o dono do SBT, concorrente da
emissora. Ao surgir no local, o
apresentador Silvio Santos foi
imediatamente cercado por
torcedores, que berraram músicas do seu programa.
Lá fora, a torcida fazia provocações aos franceses, como
"Napoleón era um maricón",
"Ô, ô, ô, o Zidane aposentou".
O dia bonito e o calor de 30
C animaram as duas torcidas,
que tomaram as ruas da cidade
desde cedo. Os franceses cantavam músicas alusivas ao título
de 98. Os brasileiros carregavam galos (símbolo da França)
depenados de plástico e respondiam com cantos preconceituosos como "Fedorentos,
fedorentos".0
(EAR, FV, PC, RP E SR)
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