São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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Algazarra e Silvio Santos reinam no hotel que abriga TV e seleção

DOS ENVIADOS A FRANKFURT

A concentração da seleção em Frankfurt lembrava, desde as primeiras horas de ontem, um baile de Carnaval.
Dezenas de torcedores se concentraram em frente ao hotel do time batendo bola, cantando, dançando e batucando.
Dentro do prédio, apesar das restrições da segurança, o clima era de algazarra, com torcedores misturados a membros da delegação brasileira, empresários de jogadores, jornalistas, VIPs e pretendentes a VIPs.
Sem critério aparente, seguranças com credenciais da Fifa barraram vários jornalistas e torcedores. Um deles, Thomas Werner, disse que "os únicos jornalistas que têm autorização para entrar aqui são os da TV Globo". Questionado sobre quem havia determinado a distinção, ele informou que fora ordem da própria Fifa.
Em seguida, chamou um superior, que se recusou a dizer seu nome e deu uma outra versão. "Quem nos avisou que só a TV Globo entraria foi a direção do hotel, orientada pela seleção brasileira."
Em meio ao batalhão de profissionais da Globo que circulava pelo lobby, quem fez mais sucesso foi, ironicamente, o dono do SBT, concorrente da emissora. Ao surgir no local, o apresentador Silvio Santos foi imediatamente cercado por torcedores, que berraram músicas do seu programa.
Lá fora, a torcida fazia provocações aos franceses, como "Napoleón era um maricón", "Ô, ô, ô, o Zidane aposentou".
O dia bonito e o calor de 30 C animaram as duas torcidas, que tomaram as ruas da cidade desde cedo. Os franceses cantavam músicas alusivas ao título de 98. Os brasileiros carregavam galos (símbolo da França) depenados de plástico e respondiam com cantos preconceituosos como "Fedorentos, fedorentos".0 (EAR, FV, PC, RP E SR)


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