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POR QUÊ?
Performance em Sydney-2000 foi divisor de águas
DA REPORTAGEM LOCAL
A última Paraolimpíada, em
Sydney, realizada três anos
atrás, representou um divisor
de águas na história do esporte
para deficientes no Brasil.
"Depois daquela performance [de Sydney], começamos a
receber um tratamento mais
profissional. Os atletas conseguiram patrocínios e tiveram
que mostrar resultados. Isso
ajudou o esporte paraolímpico
a crescer", afirmou Vital Severino Neto, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Foi a partir dos Jogos de
Sydney que a entidade percebeu que poderia trabalhar melhor o marketing da instituição
e decidiu guiar os investimentos para a alta performance.
Na Austrália, a delegação
brasileira conseguiu sua melhor campanha desde que os
Jogos Paraolímpicos passaram
a ser disputados em seu formato atual, na mesma cidade da
Olimpíada, em Seul-88.
A equipe brasileira conquistou 22 medalhas (seis de ouro,
dez de prata e seis de bronze).
O Brasil só havia obtido resultado melhor na Paraolimpíada de 1984, que foi disputada em duas sedes: Nova York
(EUA) e Stoke Mandeville
(GBR). O país amealhou 27
medalhas (sete de ouro, 14 de
prata e seis de bronze).
O esporte que mais contribuiu para a performance brasileira em Sydney foi a natação,
que abocanhou 11 medalhas
(uma de ouro, seis de prata e
quatro de bronze). No geral, o
país ficou com a 24ª colocação.
No fim desse ano olímpico, a
entidade havia conseguido arrecadar R$ 1,8 milhão por meio
de contratos com patrocinadores. No ano seguinte, o CPB
conseguiu elevar esse valor em
67%, para R$ 3 milhões.
Mas, em 2002, não foi registrada verba da iniciativa privada na forma de patrocínio, justo no ano em que os investimentos cresceram graças às
verbas oriundas da Lei Piva.
"Tenho certeza de que, em
Atenas, seremos muito mais
cobrados do que em Sydney.
Por isso, os investimentos devem começar desde já", explicou Severino Neto.(GR)
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