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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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POR QUÊ?

Performance em Sydney-2000 foi divisor de águas

DA REPORTAGEM LOCAL

A última Paraolimpíada, em Sydney, realizada três anos atrás, representou um divisor de águas na história do esporte para deficientes no Brasil.
"Depois daquela performance [de Sydney], começamos a receber um tratamento mais profissional. Os atletas conseguiram patrocínios e tiveram que mostrar resultados. Isso ajudou o esporte paraolímpico a crescer", afirmou Vital Severino Neto, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro.
Foi a partir dos Jogos de Sydney que a entidade percebeu que poderia trabalhar melhor o marketing da instituição e decidiu guiar os investimentos para a alta performance.
Na Austrália, a delegação brasileira conseguiu sua melhor campanha desde que os Jogos Paraolímpicos passaram a ser disputados em seu formato atual, na mesma cidade da Olimpíada, em Seul-88.
A equipe brasileira conquistou 22 medalhas (seis de ouro, dez de prata e seis de bronze).
O Brasil só havia obtido resultado melhor na Paraolimpíada de 1984, que foi disputada em duas sedes: Nova York (EUA) e Stoke Mandeville (GBR). O país amealhou 27 medalhas (sete de ouro, 14 de prata e seis de bronze).
O esporte que mais contribuiu para a performance brasileira em Sydney foi a natação, que abocanhou 11 medalhas (uma de ouro, seis de prata e quatro de bronze). No geral, o país ficou com a 24ª colocação.
No fim desse ano olímpico, a entidade havia conseguido arrecadar R$ 1,8 milhão por meio de contratos com patrocinadores. No ano seguinte, o CPB conseguiu elevar esse valor em 67%, para R$ 3 milhões.
Mas, em 2002, não foi registrada verba da iniciativa privada na forma de patrocínio, justo no ano em que os investimentos cresceram graças às verbas oriundas da Lei Piva.
"Tenho certeza de que, em Atenas, seremos muito mais cobrados do que em Sydney. Por isso, os investimentos devem começar desde já", explicou Severino Neto.(GR)


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