CARLOS SARLI

A briga pelo título brasileiro de surfe profissional de 99 está melhor do que nunca. Após oito etapas, de 26 previstas, seis surfistas já lideram o ranking. Nenhum conseguiu se manter por mais de duas provas na ponta -um equilíbrio emocionante.
Algumas mudanças de formato e também dos critérios definidos por organizadores e patrocinadores têm contribuído para a melhoria da competição. A partir deste ano, provas regionais, nacionais e válidas pelo WQS no Brasil passaram a somar pontos de forma mais coerente. Antes, os cabeças-de-chave e os que se concentravam ao Mundial de acesso (WQS), etapas que valiam mais pontos, levavam considerável vantagem.
Outra mudança, esta de mentalidade, começou a ficar definida na etapa catarinense, quando a competição foi adiada para a segunda-feira para aguardar melhores condições do mar. Esse precedente, que muda o foco dos objetivos estritamente comerciais dos patrocinadores para a valorização do esporte e dos atletas, foi repetido na etapa desta semana em Santos.
Desde 91, a maior cidade do litoral paulista não recepcionava uma etapa do Brasileiro, um contra-senso, levando-se em conta o tamanho do mercado e o fato de o quebra-mar do canal 1 ser um local muito favorável.
Com a previsão da entrada de uma ondulação gigante, o HD Surf Pro foi adiado. Na segunda-feira, com ondas de dois metros, um ótimo público acompanhou de perto a competição.
A partir das quartas-de-final, as baterias passaram a ser homem x homem, formato em desuso há oito anos no Brasileiro, o que agradou aos atletas.
Na final, Teco Padaratz, que nunca havia surfado no quebra-mar e que demonstrou estar com o surfe em dia para sua pretendida volta ao WCT, levou a melhor sobre Tadeu Pereira, enquanto Tânio de Barreto, 19, em seu primeiro ano profissional e com o terceiro lugar, assumiu a liderança do ranking.

NOTAS

Fiji-WCT
O swell de sonho não entrou, e a sexta etapa do Mundial de surfe está rolando em Tavarua, com ondas de 1,5 m. Dos sete primeiros do ranking, só dois, Sunny Garcia e Shane Dorian, estão fora, eliminados pelos convidados Kelly Slater e Shawn Sutton. Victor Ribas é o único brasileiro que continua no Quiksilver Pro, que fecha o tour das ilhas amanhã.

Mountain bike
O brasileiro Markolf Berchtold, 19, está na Itália, onde no fim-de-semana disputa a terceira etapa da Copa do Mundo de downhill. Após as provas da França e Eslovênia, ocupa a 15ª posição no ranking, liderado pelo francês Nicolas Vouilloz.

Ironman
O norte-americano Ken Glah conquistou o bi em Porto Seguro com 8h42min. O brasileiro Alexandre Manzan, 24, vice-campeão mundial de triatlo em 96, fez sua estréia no Ironman e ficou em quarto lugar.



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