DO ENVIADO A BRASÍLIA

A intervenção de Eurico Miranda (PPB-RJ) no depoimento de Hélio Vianna mudou o rumo da sessão da CPI da CBF/Nike.
Até a inquirição do presidente vascaíno, Vianna foi seguidamente elogiado pelos deputados e chegou a dar aula de marketing esportivo aos presentes.
Durante os 40 minutos iniciais, mostrou dados econômicos do esporte e disse que a desorganização trouxe prejuízo de R$ 680 milhões aos clubes no ano passado.
Depois disso, foi cumprimentado pelo relator Sílvio Torres.
Até então, a sessão era um tributo a Pelé. Foi aí que entrou em campo o "fator Eurico".
Em sua primeira intervenção, o dirigente disse que estava estarrecido e envergonhado com o depoimento. Eurico começou a inquirir Vianna sobre contas no exterior -segundo documento por ele apresentado o empresário tem quatro- e sobre a Pelé Sports & Marketing Incorporation.
Em resposta a um questionamento de Pedro Celso (PT-DF), Vianna contra-atacou. Disse que a Vasco da Gama Licenciamentos (ex-parceira do clube carioca) enviou US$ 11 milhões a contas do Vasco no exterior.
Foi o que faltou para Eurico perder a cabeça. Aos gritos, disse que Vianna era mentiroso e que o desafiava a provar a informação.
Vianna disse que as remessas eram legais e que preservaria a fonte por sigilo profissional. O empresário, que não revelou seu informante nem em sessão fechada, deve ser processado por tentativa de obstrução da CPI. (FM)

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