São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2001

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Comissão deverá estar "sepultada" ao inquirir CBF

DO ENVIADO A BRASÍLIA

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, deverá prestar seu depoimento à CPI da CBF/Nike, na próxima terça-feira, com os trabalhos da comissão já praticamente encerrados.
Amanhã, não deverá ser aprovado na Câmara o requerimento para que as investigações da CPI continuem. Com isso, os trabalhos da comissão se encerrariam na quarta-feira da próxima semana, um dia após o depoimento do dirigente.
Apesar do fim iminente, o presidente da CBF ainda não quis dar como certo o encerramento da CPI iniciada para investigar o contrato entre a entidade e a multinacional de material esportivo Nike.
Segundo sua assessoria, Teixeira ainda acha possível uma reviravolta.
Mesmo que os trabalhos sejam encerrados na semana que vem, o dirigente ressaltou que o futebol brasileiro continuará sendo investigado pelo menos até dezembro, já que a CPI do Futebol, no Senado, seguirá funcionado até o final do ano.
Com a comissão da Câmara ainda em andamento, o presidente da CBF também não quis adiantar seu balanço sobre o que foi feito e nem sobre a influência das investigações em sua imagem perante a opinião pública.
Por enquanto, Teixeira só revelou que considera ser o dirigente que mais perdeu poder com a CPI, já que precisou dividi-lo, ao fazer um acordo com o ex-jogador Pelé e com o ministro Carlos Melles (Esporte e Turismo).
O presidente da CBF avaliou ainda que o resultado da comissão frustará o que os adversários dele imaginavam que aconteceria.
Teixeira demonstrou satisfação por nada contra ele ter sido revelado até agora pela CPI. Isso, segundo sua assessoria, é que foi o motivo de as investigações contra ele terem sido abafadas.
Para o dirigente, essa falta de resultados, porém, não foi mérito dele, mas porque os fatos levaram a isso. (FM)

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