São Paulo, sábado, 04 de maio de 2002

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Nelsinho grita para "imitar" rival

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Nelsinho Baptista comandou ontem um dos treinos em que mais deu broncas em seus jogadores desde que voltou ao São Paulo, no ano passado.
Ele recorreu aos berros principalmente para corrigir o posicionamento de seus meias e volantes. Com isso, o treinador espera que o time tenha um toque de bola semelhante ao do Corinthians, seu rival na decisão do Rio-SP, a partir de amanhã, no Morumbi.
Para Nelsinho, uma das principais qualidades do adversário, que eliminou sua equipe nas semifinais da Copa do Brasil é a facilidade em manter a posse de bola e esperar uma brecha na defesa para tentar marcar o gol.
Um dos alvos dos gritos de Nelsinho foi o meia Adriano. "Quero que você receba a bola aqui na frente, não lá atrás", gritou o treinador numa das advertências.
Ele quer evitar que o jogador recue para se aproximar dos volantes e receber a bola. "A idéia é que os volantes toquem para os meias e avancem para receber a bola."
Belletti, Fábio Simplício e Dill também foram cobrados rispidamente pelo treinador.
"A exigência foi maior para ficar marcado na cabeça dos jogadores o que eu quero", disse o treinador.
Adriano evitou criticar o chefe. "Não é com tranquilidade que ele vai conseguir explicar o que quer", declarou o meia.
Além dos berros, Nelsinho chegou a se posicionar como se fizesse parte da equipe e a pedir para receber passes do volantes.
O desempenho do treinador foi visto de perto por Carlos Augusto de Barros e Silva, diretor de futebol do clube, que acompanhou parte do treinamento.
O dirigente fala abertamente em contratar outro técnico após a decisão do Rio-SP.
Mas o diretor também viu de perto o goleiro Rogério, capitão da equipe, assumir o papel de treinador e causar uma interrupção no treino para orientar o posicionamento de sua zaga.
Kaká, que dificilmente jogará por causa de uma contusão no tornozelo direito, deve ser substituído pelo atacante Dill.
Ontem, o São Paulo e a LG oficializaram a prorrogação até dezembro do contrato de patrocínio da empresa com o clube, que havia sido acertada verbalmente no início da semana.


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