|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nelsinho grita para "imitar" rival
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico Nelsinho Baptista comandou ontem um dos treinos
em que mais deu broncas em seus
jogadores desde que voltou ao
São Paulo, no ano passado.
Ele recorreu aos berros principalmente para corrigir o posicionamento de seus meias e volantes.
Com isso, o treinador espera que
o time tenha um toque de bola semelhante ao do Corinthians, seu
rival na decisão do Rio-SP, a partir de amanhã, no Morumbi.
Para Nelsinho, uma das principais qualidades do adversário,
que eliminou sua equipe nas semifinais da Copa do Brasil é a facilidade em manter a posse de bola
e esperar uma brecha na defesa
para tentar marcar o gol.
Um dos alvos dos gritos de Nelsinho foi o meia Adriano. "Quero
que você receba a bola aqui na
frente, não lá atrás", gritou o treinador numa das advertências.
Ele quer evitar que o jogador recue para se aproximar dos volantes e receber a bola. "A idéia é que
os volantes toquem para os meias
e avancem para receber a bola."
Belletti, Fábio Simplício e Dill
também foram cobrados rispidamente pelo treinador.
"A exigência foi maior para ficar
marcado na cabeça dos jogadores
o que eu quero", disse o treinador.
Adriano evitou criticar o chefe.
"Não é com tranquilidade que ele
vai conseguir explicar o que
quer", declarou o meia.
Além dos berros, Nelsinho chegou a se posicionar como se fizesse parte da equipe e a pedir para
receber passes do volantes.
O desempenho do treinador foi
visto de perto por Carlos Augusto
de Barros e Silva, diretor de futebol do clube, que acompanhou
parte do treinamento.
O dirigente fala abertamente em
contratar outro técnico após a decisão do Rio-SP.
Mas o diretor também viu de
perto o goleiro Rogério, capitão
da equipe, assumir o papel de treinador e causar uma interrupção
no treino para orientar o posicionamento de sua zaga.
Kaká, que dificilmente jogará
por causa de uma contusão no
tornozelo direito, deve ser substituído pelo atacante Dill.
Ontem, o São Paulo e a LG oficializaram a prorrogação até dezembro do contrato de patrocínio
da empresa com o clube, que havia sido acertada verbalmente no
início da semana.
Texto Anterior: Corinthians reclama de excesso de clássico Próximo Texto: Futebol - José Geraldo Couto: Futebol e política Índice
|