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TÊNIS
Pela primeira vez na carreira, aproveitamento do brasileiro na segunda metade da temporada é superior ao da primeira
Guga é vice em Paris e encerra ano atípico
MARCELO SAKATE
DA REPORTAGEM LOCAL
O brasileiro Gustavo Kuerten
encerrou ontem sua participação
na temporada 2002 da ATP com
uma derrota na decisão de duplas
do Masters Series de Paris. Ele e o
francês Cedric Pioline foram derrotados pelos também franceses
Nicolas Escudé e Fabrice Santoro
por 2 a 0 (parciais de 6/3 e 7/6).
O jogo foi equilibrado e só teve
uma quebra de serviço, a favor de
Escudé e Santoro no primeiro set.
"Tivemos chances no segundo
set, especialmente no tie-break.
Saímos na frente, mas, na hora de
fecharmos o set, levamos azar. Foi
uma semana legal, deu para surpreender muita gente e levar um
troféuzinho", disse o brasileiro.
Guga (144º do mundo em duplas) e Pioline (160º) -que anunciou a aposentadoria ao fim do jogo -haviam batido as duas melhores parcerias da temporada,
Daniel Nestor/Mark Knowles e
Jonas Bjorkman/Todd Woodbridge, nas quartas-de-final e na
semifinal, respectivamente.
O título encerrou um ano atípico de Gustavo Kuerten. Pela primeira vez desde que começou a
disputar torneios do principal circuito da ATP, em 1996, o brasileiro conseguiu melhor aproveitamento de vitórias na segunda metade da temporada, a partir dos
eventos disputados na grama.
Nos últimos quatro meses do
ano, Kuerten disputou nove torneios. Conquistou seu único título em 2002 na Costa do Sauípe e
ainda foi vice em Lyon, em seu
melhor resultado já obtido no carpete. Em 24 jogos no período, ele
triunfou em 16 (67% de vitórias).
Um índice superior ao obtido
no primeiro semestre, quando o
tenista participou de somente seis
competições, atuou em 15 jogos e
saiu vitorioso nove vezes (60%).
O menor valor na primeira metade de 2002 é relacionado aos
problemas físicos enfrentados pelo catarinense no início do ano.
Guga, então segundo no ranking de entradas, perdeu na estréia nos dois primeiros torneios
que entrou no ano e interrompeu
as atividades no fim de fevereiro.
Depois do revés no Torneio de
Buenos Aires, ele decidiu se submeter a uma cirurgia no quadril
para tentar se livrar das dores na
cintura que o incomodavam desde a temporada anterior.
Dessa forma, Kuerten perdeu os
três primeiros Masters Series do
ano e só voltou ao circuito nos últimos dias de abril, em Mallorca,
ainda no segundo posto da ATP.
Em junho, em Roland Garros,
onde defendia o título, foi eliminado nas oitavas-de-final e caiu
para a 16ª posição no ranking.
Retornou às quadras apenas em
meados de julho. Eliminado na
estréia nos Masters Series de Toronto e Cincinnati, despencou para o 55º lugar após o Aberto dos
EUA, a pior condição desde 1997.
Porém, no início de setembro,
iniciou a sua melhor fase na temporada, com as campanhas na
Costa do Sauípe, em Lyon e a participação na equipe brasileira que
derrotou o Canadá na repescagem da Copa Davis, no Rio.
No período, o tenista alcançou
uma série inédita dez vitórias consecutivas em três pisos distintos:
quadra dura, saibro e carpete.
Sem ter mais jogos oficiais da
ATP, Gustavo Kuerten, 33º do
ranking de simples, encerrará o
ano com um torneio de exibição
entre brasileiros e argentinos a
partir de amanhã, em São Paulo.
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