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FUTEBOL
Viciado assumido em cocaína, ex-jogador argentino é internado às pressas no litoral do Uruguai
Overdose leva Maradona ao hospital
VANESSA ADACHI
de Buenos Aires
O ex-jogador de futebol argentino Diego Armando Maradona foi
internado, ontem à tarde, na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Cantegril, na cidade uruguaia de Punta del Este, onde estava passando férias.
Citando informações da polícia
uruguaia, as redes de televisão da
Argentina informaram no fim da
tarde que Maradona estaria em
coma por causa de uma overdose
de cocaína.
O ex-jogador é considerado pelos argentinos como o melhor
atleta do país de todos os tempos.
Um boletim médico divulgado
às 18h40 do horário local (19h40
em Brasília) não confirmou as
versões policiais.
Segundo o texto, Maradona foi
internado na UTI por causa de
uma "crise de hipertensão arterial
e arritmia ventricular".
A internação ocorreu às 14h30
no horário local. A arritmia é o
batimento irregular do coração; a
hipertensão significa pressão alta.
Os médicos que estão tratando
do ex-atleta não quiseram dar detalhes das causas da crise hipertensiva, dizendo que se tratavam
de causas "multifatoriais".
Questionados sobre o possível
uso de drogas, os médicos ficaram em silêncio. Não confirmaram, mas também não negaram.
Os médicos de Punta del Este
informaram que "a evolução inicial do paciente havia sido positiva" e que Maradona, viciado assumido em cocaína, sofre de hipertensão arterial crônica.
Maradona estava no Uruguai,
onde foi passar o Ano Novo, desde o dia 31 com sua família.
Sua internação coincide com o
anúncio de que um clube da segunda divisão do futebol argentino está tentando contratá-lo como técnico.
Os dirigentes do All Boys informaram que o ex-jogador, principal responsável pelo bicampeonato mundial da seleção da Argentina (Copa do México, 1986),
não havia respondido à proposta
feita pelo clube ainda.
Toda a negociação estava a cargo do representante e amigo do
ex-atleta, Guillermo Cóppola, que
acompanhou ontem a internação
no Cantegril.
Maradona começou o ano 2000
reclamando, em entrevistas a jornais argentinos, que "uma mão
negra" não o deixava trabalhar no
futebol na Argentina.
O ex-atleta já foi treinador de
equipes argentinas em anos anteriores, depois de ter encerrado a
carreira nos gramados.
Em 1994, comandou o Deportivo Mandiyú, equipe hoje extinta,
e em 1995 foi técnico do Racing
Club, que hoje está praticamente
quebrado.
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