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Disque-Marcelinho alterou parciais
ROGÉRIO GENTILE
e MARCELO DAMATO
da Reportagem Local
Os resultados parciais do Disque-Marcelinho divulgados pela
TV Bandeirantes não batem com
os dados oficiais da Embratel.
Diferentemente do que informou a rede de TV, os corintianos
lideraram a promoção desde o início com muita folga.
Nos dois primeiros dias (14 e 15
de janeiro), segundo o relatório da
Embratel enviado ao Ministério
Público Federal, o telefone do Corinthians foi acionado por 72.923,
71,2% do total. Mas a TV divulgou
que o clube havia recebido apenas
29,2% das ligações.
Os números destoam em todos
os dias. No dia 18, o Corinthians
liderava com 67,5% dos telefonemas, enquanto a rede informava
que eram apenas 31,5%.
Até o dia 20, 188.522 pessoas
(67,3%) ligaram em favor do clube
campeão paulista. Mas ele tinha
34,2% das ligações, segundo a TV
Bandeirantes.
O Ministério Público Federal
suspeita que os organizadores da
promoção tentaram ludibriar a
opinião pública.
Vendo uma diferença entre os
clubes muito menor do que a real,
os torcedores de Palmeiras, Santos e São Paulo teriam mantido a
esperança de mudar um resultado, e os corintianos também continuariam estimulados.
Os números da Embratel foram
anexados pelo Ministério Público
Federal na ação em que a instituição exige a devolução dos valores
arrecadados aos consumidores.
O Ministério Público Federal entende que o concurso não tinha
respaldo legal para ser realizado e
aguarda o julgamento de ação pela
Justiça Federal.
Outros clubes
De acordo com as planilhas da
Embratel, os outros clubes tiveram mínimas chances de contar
com o atleta para a disputa do
Campeonato Paulista.
O Palmeiras, por exemplo, nos
dois primeiros dias, recebeu 6.336
telefonemas. O que significou
6,18% das chamadas. A rede divulgou que o Palmeiras, último colocado na pesquisa, havia recebido
19,5% dos telefonemas.
O São Paulo recebeu, nesse período, 14,56%. Foi divulgado
25,2%. O Santos, obteve 8,01%. A
rede informou 26,1%.
Outro lado
A gerente de Comunicação da
TV Bandeirantes, Ana Teresa Salles, afirmou não ter conhecimento
do relatório da Embratel. Às
19h20, ela disse não ter podido encontrar ninguém da emissora que
pudesse se pronunciar sobre o assunto.
A Folha procurou também o
presidente da Federação Paulista
de Futebol, Eduardo José Farah,
mas foi informada de que ele já
havia deixado a entidade.
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