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SAIBA MAIS
Nova data para proibição desafia calendário da FIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A saída encontrada pelos
organizadores do GP para
manter a publicidade tabagista no Brasil empurra o
problema para frente.
O novo prazo para o banimento das marcas de cigarro, 31 de julho de 2005, foi estipulado para coincidir com
o da União Européia. Mas
vai frontalmente contra a
programação da FIA.
Desde 1998, a entidade
máxima do automobilismo
marcou o banimento do cigarro na F-1 para 1º de outubro de 2006. A data foi acertada após anos de discussões
com a UE e com a Organização Mundial da Saúde.
Em 2000, porém, a Comissão Européia decidiu antecipar o fim da publicidade tabagista para julho de 2005.
Reabriu-se, então, a polêmica com a FIA. Após mais de
dois anos de ameaças verbais aos GPs europeus, a entidade resolveu, nesta semana, formalizar a situação.
Em um documento assinado por seu presidente,
Max Mosley, e distribuído
em Interlagos na última
quarta-feira, a FIA afirma
que "quando o banimento é
imposto em algum lugar do
mundo, a tendência é buscar
outros lugares para promover as corridas".
A insistência de Mosley
com o banimento apenas em
outubro de 2006 pode voltar
a trazer problemas para a
corrida brasileira.
Afinal, a medida provisória não contempla o fato de
que a prova de 2006 será antes do prazo da FIA.
E, pelo comunicado de
Mosley, nada indica que ele
mudará de idéia. Tanto que
a FIA está questionando na
Justiça o prazo da UE.
"Quando fixamos o fim do
cigarro em outubro de 2006,
as equipes usaram essa data
como parâmetro em seus
contratos. Não nos resta outra alternativa além de buscar nossos direitos na Justiça", afirma a carta.
Neste ano, a Bélgica já perdeu seu GP após ter aprovado uma lei antitabagista englobando a F-1. Na próxima
temporada, a vítima será a
Áustria. Para preencher as
vagas, a FIA procura países
com legislações mais brandas. Em 2004, a F-1 deve correr na China e no Bahrein.
Outros países tolerantes, como a Rússia e o Líbano, estão na fila.(FSX E JHM)
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