São Paulo, sábado, 05 de junho de 2004

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Revolucionário, time conta com seis treinadores

DA SUCURSAL DO RIO

No banco de reservas, Cuba prega uma revolução no futebol: a seleção é comandada por uma comissão de seis técnicos.
Quatro têm a função de preparar especificamente cada setor do time (goleiros, defesa, meio-campo e ataque). Outro trabalha como assistente técnico, reunindo os responsáveis pelos setores do time durante os jogos e treinamentos. A palavra final é do diretor técnico, que escolhe a tática a ser adotada pela equipe e decide sobre as substituições durante a partida.
"Seguimos o pensamento da escola cubana de esportes. O trabalho fica muito mais democrático, e não enfrentei nenhum problema para me adaptar", declarou o peruano Miguel Company, que é o diretor da comissão técnica.
Há três anos na seleção cubana, Company diz que não recebe salário e só aceitou o convite por ser ""simpatizante da revolução", o movimento comunista que levou Fidel Castro ao poder em janeiro de 1959.
A estrutura do futebol também é diferente da do Brasil. Na ilha, os clubes não existem. Os jogadores são formados em escolas esportivas. Os melhores integram as seleções provinciais, que disputam o Nacional.
"Estamos formando cidadãos, não mercadorias. Essa é a diferença", afirmou o assistente Amelio Luiz. (SR)


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