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São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2003

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Nem pódio quebra o gelo de equipe dos EUA

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Depois de terem sido vaiados por atletas de outros países antes da cerimônia de abertura, os competidores norte-americanos têm procurado, em geral, ser o mais discreto possível.
Um exemplo deu-se quando o Brasil ganhou a prata por equipe na ginástica masculina. No pódio, os norte-americanos, representados por uma equipe D, de acordo com o comitê dos EUA, nem olhavam para o lado.
Já os cubanos, que ganharam o ouro, cumprimentavam entusiasticamente os brasileiros e dividiam com eles suas alegrias.
"Nós não temos nada contra eles [norte-americanos]", disse Danilo Nogueira, um dos ginastas brasileiros. "É que na hora os cubanos fizeram festa com a gente, então a gente retribuiu. Não sei, talvez os EUA estivessem chateados com o bronze."
Mas Jonathan Horton, ginasta norte-americano, diz que não foi bem assim. "Seguimos o sugerido [pela cartilha]. Evitamos qualquer atitude que de repente não seja bem interpretada. Cuba preferiu festejar com o Brasil, então nós os aplaudimos, está tudo bem. Soubemos reconhecer a vitória e os méritos deles."
Sobre as vaias recebidas antes da festa de abertura, Horton disse que elas não foram fortes. "E quando entramos o público nos respeitou, foi uma festa bonita."
Segundo um dos representantes da equipe de hipismo do Brasil, a vaia dos atletas aos norte-americanos deu-se instantes antes da entrada da delegação na pista do Estádio Olímpico.
O comitê dos EUA confirmou que houve algumas vaias, mas não soube dizer de que delegações partiram. Os brasileiros, que já haviam desfilado, não participaram da manifestação.
Informado de que sua equipe havia sido hostilizada, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, desceu à pista para dar uma força aos atletas. Tirou várias fotos com eles, no que foi imitado por Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, também solidário com os norte-americanos.(EO, GR E JCA)


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