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Nem pódio quebra o gelo de equipe dos EUA
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
Depois de terem sido vaiados
por atletas de outros países antes
da cerimônia de abertura, os
competidores norte-americanos
têm procurado, em geral, ser o
mais discreto possível.
Um exemplo deu-se quando o
Brasil ganhou a prata por equipe
na ginástica masculina. No pódio,
os norte-americanos, representados por uma equipe D, de acordo
com o comitê dos EUA, nem
olhavam para o lado.
Já os cubanos, que ganharam o
ouro, cumprimentavam entusiasticamente os brasileiros e dividiam com eles suas alegrias.
"Nós não temos nada contra
eles [norte-americanos]", disse
Danilo Nogueira, um dos ginastas
brasileiros. "É que na hora os cubanos fizeram festa com a gente,
então a gente retribuiu. Não sei,
talvez os EUA estivessem chateados com o bronze."
Mas Jonathan Horton, ginasta
norte-americano, diz que não foi
bem assim. "Seguimos o sugerido
[pela cartilha]. Evitamos qualquer atitude que de repente não
seja bem interpretada. Cuba preferiu festejar com o Brasil, então
nós os aplaudimos, está tudo
bem. Soubemos reconhecer a vitória e os méritos deles."
Sobre as vaias recebidas antes
da festa de abertura, Horton disse
que elas não foram fortes. "E
quando entramos o público nos
respeitou, foi uma festa bonita."
Segundo um dos representantes
da equipe de hipismo do Brasil, a
vaia dos atletas aos norte-americanos deu-se instantes antes da
entrada da delegação na pista do
Estádio Olímpico.
O comitê dos EUA confirmou
que houve algumas vaias, mas
não soube dizer de que delegações
partiram. Os brasileiros, que já
haviam desfilado, não participaram da manifestação.
Informado de que sua equipe
havia sido hostilizada, o prefeito
de Nova York, Michael Bloomberg, desceu à pista para dar uma
força aos atletas. Tirou várias fotos com eles, no que foi imitado
por Jacques Rogge, presidente do
Comitê Olímpico Internacional,
também solidário com os norte-americanos.(EO, GR E JCA)
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