São Paulo, Domingo, 05 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Time tem melhor desempenho em competições internacionais
Palmeiras "duas faces" enfrenta hoje o Cruzeiro

PAULO COBOS
da Reportagem Local

O Palmeiras, que enfrenta hoje o Cruzeiro, às 17h, pelo Brasileiro, conseguiu atingir o estrelato internacional nos últimos meses deixando em segundo plano as competições locais.
A partir do segundo semestre de 1998, quando disputou a Copa Mercosul pela primeira vez, o time do técnico Luiz Felipe Scolari ganhou os dois títulos internacionais que disputou e fracassou nos quatro disputados apenas por clubes brasileiros.
Nas competições que disputa atualmente, mais uma vez, o time tem um desempenho pior no campeonato local.
No Brasileiro, antes dos jogos de ontem, ocupava apenas o 16º lugar na classificação geral, com apenas oito pontos ganhos em sete jogos e a sofrível média de 1,29 gol marcado por partida.
Já, na Copa Mercosul-99, em que venceu o River Plate por 3 a 0 na última quinta-feira, lidera o Grupo A com oito pontos em quatro partidas e tem a expressiva média de 3,75 gols anotados por jogo disputado pelo torneio.
Comparando-se os números do Palmeiras a partir do segundo semestre de 1998, fica mais claro o descompasso da equipe.
Em 31 jogos pela Copa Mercosul e Taça Libertadores da América, o time ganhou 70% dos pontos disputados, com média de 2,16 gols marcados por partida.
Já nos 69 confrontos que fez por competições nacionais os números são mais modestos -aproveitamento de 57% e média de 1,84 gol por jogo.
"A Libertadores e a Mercosul são disputas diferentes. A classificação é decidida em poucos jogos. Você não pode dar chance para os adversários", diz o lateral Arce.
Para o jogador paraguaio, a oscilação palmeirense nos torneios locais não acontece por falta de interesse dos jogadores.
"O time entra em campo com a mesma motivação em todas as partidas", afirma.
Um bom exemplo da falta de bons resultados do Palmeiras em competições locais acontece justamente contra o Cruzeiro, rival de hoje no Parque Antarctica.
No ano passado, o time mineiro eliminou o Palmeiras nas quartas-de-final do Brasileiro.
Os paulistas deram o troco no mês seguinte, quando bateram o Cruzeiro na decisão da Mercosul.
"Contra o Cruzeiro, nunca podemos dizer que vamos ganhar o jogo", diz Scolari, que discorda da máxima de que o time mineiro dá liberdade para o rival jogar.
"O Cruzeiro é uma das equipes com marcação mais forte no Brasil", afirma o técnico, que também reclama da arbitragem em relação à equipe mineira.
"Tenho a preocupação de que os árbitros marquem as faltas cometidas pelo Muller, que sempre segura os zagueiros", declara o treinador, que considera antijogo o estilo do atacante.
Muller é também uma das preocupações da defesa palmeirense.
"Ele é muito inteligente e rápido, precisa ser marcado em cima", afirma Roque Júnior.
Para Scolari, ganhar do Cruzeiro, time que depois do Corinthians foi o que mais enfrentou como técnico do Palmeiras, não tem sabor especial.
"Para mim, qualquer jogo é gostoso", afirmou o treinador.


NA TV - Sportv, ao vivo, apenas cidade do Rio e Estado de SP, exceto capital)




Texto Anterior: Tostão: Conselho
Próximo Texto: Equipe tem "overdose" de mudanças
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.