São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Presidente da CBV aprovou regulamento

DA ENVIADA A ROMA

Mal chegou a Roma, o presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça, promoveu uma reunião com a seleção. "Falei para eles: "Vamos ganhar o Mundial. Agora, nada mais interessa'", disse o dirigente.
Em entrevista à Folha antes da vitória apertada sobre os tchecos, Graça admitiu que esteve na reunião da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) que aprovou o regulamento do Mundial, concebido antes mesmo da competição de 2006.
As regras foram criticadas pela seleção, que entrou em quadra com time reserva, sem levantador, e perdeu no sábado para a Bulgária.
"Foi na época do Rubén Acosta [ex-presidente da FIVB]. Tinha que aprovar porque era uma ditadura", comentou o cartola. (MB)

 

Folha - A FIVB disse que você também aprovou o formato do torneio, que é tão criticado pela seleção. Você confirma?
Ary Graça -
Isso foi votado no tempo do [Rubén] Acosta, o antigo presidente, antes do Mundial de 2006. Aprovei porque antigamente era ditadura. Ninguém dizia "não", caso contrário, estaria morto.

Você vai tentar mudança?
Certamente vai mudar. Já foi provado que não serve. Os EUA perderam na primeira fase para passar em segundo na chave e agora massacram a França por 3 a 0. Há outros dirigentes insatisfeitos e tudo tem que ser revisto. O presidente da FIVB já falou que temos que melhorar o sistema.

Mas, após o último Mundial, já não dava para ter constatado que a fórmula não era boa?
Não, porque não surgiu essa oportunidade.

O que ocorreu contra a Bulgária pode prejudicar o Brasil?
O vôlei brasileiro fez o que todo mundo fez. Já a imagem do vôlei em geral pode ser prejudicada.

Algum patrocinador do Brasil se queixou da derrota?
Zero. Patrocinador é patrocinador, e nós tocamos o barco aqui. Foi uma decisão dos jogadores com o técnico.

Ficou chateado?
Todo mundo está aborrecido, porque somos obrigados a fazer algo que não é do nosso caráter. Mas, se todos estão fazendo, não somos nós que vamos nos prejudicar.


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