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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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Com Nenê expulso e Fábio Costa inspirado, Santos tem 2º empate

DA REPORTAGEM LOCAL

Atual campeão, o Santos colecionou ontem seu segundo empate em dois jogos pelo Campeonato Brasileiro. Jogando com um atleta a menos a maioria do tempo, os santistas conseguiram sair do Mineirão com 0 a 0 graças às boas defesas de Fábio Costa.
A improvisação do técnico Leão, colocando Nenê na meia e deslocando Elano para a lateral direita, não deu certo. Nenê saiu expulso no primeiro tempo, e Elano saiu esgotado no segundo.
O confronto, que prometia por reunir equipes de estilo técnico, foi arrastado, com poucas chances de gol e só melhorou no final.
Além de muitos erros de passe, o jogo começou bastante faltoso. Nesse quesito, se destacou Nenê, aposta de Leão para o meio-campo. Acostumado a jogar de atacante, ele não conseguia cumprir a função de marcar o lateral-direito atleticano, Cicinho -que já tinha se destacado na vitória de 3 a 0 no Corinthians na estréia.
No primeiro lance, Nenê fez falta no rival e levou o cartão amarelo. No segundo, também. No terceiro, colocou a mão na bola e recebeu o vermelho.
Com um a menos em campo logo aos 26min, o Santos se retraiu ainda mais e só saía em contra-ataques. Já o time mineiro aproveitou para pressionar.
Aos 31min, Cicinho cobrou forte uma falta, Fábio Costa espalmou, e o Atlético-MG desperdiçou o rebote. Aos 33min, outra vez Cicinho foi o responsável por um lance de gol, cruzando para Lúcio Flávio cabecear.
Por seu lado, o Santos desaproveitava seus contragolpes, seja pelo individualismo de Ricardo Almeida ou por imprecisão nas assistências de Diego.
""Erramos muito os passes decisivos. Podíamos ter feito um ou dois gols", reclamou no intervalo Leão, que logo emendou: ""Pelo menos, estamos anulando o jogador a mais deles com muito empenho na marcação".
No segundo tempo, o cenário se repetiu. O Atlético-MG finalizava muito, mas não acertava a pontaria, enquanto o Santos defendia e contragolpeava. Aos 23min, Ricardo Oliveira teve a chance mais clara de gol. Sozinho, bem na frente de Velloso, chutou para a defesa do veterano goleiro.
O técnico atleticano, Celso Roth, colocou depois dois jogadores -Juninho e Paulinho- para ganhar fôlego. Para ele, a partida era um desafio a mais porque foi o antecessor de Leão na Vila Belmiro de Diego e Robinho.
Já o treinador santista preferia passar a instrução de desacelerar o jogo, apelando até para a cera.
Quem parou de vez foi Elano, meia adaptado para a lateral. Cansado com o ritmo de fundista da posição, ele saiu aos 30min totalmente exaurido. Entrou Michel, especialista da função, que não vem agradando o treinador.
Aos 39min, os atleticanos tiveram sua melhor chance com Guilherme, após Fábio Costa soltar a bola na grande área. Primeiro, ele chutou sobre o goleiro. Depois, mandou a bola sobre o travessão.
No final, o time da casa era só pressão, e o goleiro santista faz várias defesas difíceis. ""Mostrei que tenho plenas condições de alcançar a seleção", arriscou-se a dizer Fábio Costa. O time vinha de um empate em 2 a 2 com o Paraná e pega, na quarta, o Paysandu.



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