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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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BASQUETE

Pré-convocados pelo técnico Lula assinam carta de compromisso para evitar prejuízos à equipe no Pré-Olímpico

Seleção exige garantia contra deserção

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Preocupado com possíveis "deserções" às vésperas do Pré-Olímpico, em agosto, o técnico Aluísio Ferreira, o Lula, adotou uma solução inusitada: fez os atletas pré-convocados para a seleção brasileira assinarem uma carta de compromisso com a equipe.
"Ninguém vai poder dizer que não estava ciente da programação do Brasil", afirma o treinador, que já recolheu a assinatura de 23 dos 29 jogadores pré-convocados.
Todos os atletas que fizeram exames médicos em São Paulo, com exceção do armador Leandrinho, assinaram o documento.
"O Leandrinho iria analisar as datas com a sua programação para o draft da NBA antes de dar o aval", conta Lula, referindo-se ao armador do Bauru, que irá tentar uma vaga na liga dos EUA.
Os outros nomes que faltam na relação são dos atletas que atuam no exterior: Marcelinho, Guilherme, Anderson, Tiago Spliter e Nenê. Os três primeiros já foram contatados e devem mandar, por fax, o documento assinado.
Já Nenê, do Denver Nuggets, irá se apresentar apenas no dia 10 de agosto. "Foi o que acertamos com o Denver Nuggets. Mas ainda estamos tentando contar com ele no Pan-Americano", diz o treinador.
Na carta, Lula deixou claro qual será a programação do time brasileiro, desde a convocação, que será logo após o fim do Nacional, em junho, até o Pré-Olímpico de Porto Rico, que valerá três vagas aos Jogos de Atenas-2004.
A equipe brasileira também fará três amistosos contra a Venezuela, em julho. Pouco antes, um grupo de jogadores, com menos experiência internacional, irá viajar para a China, onde disputará um torneio contra a seleção da casa, a Nova Zelândia e a Austrália.
Guerrinha e Flávio Davis, assistentes de Lula na seleção, irão dirigir o Brasil na China.
"O critério que adotamos para essa competição é mandar os jogadores que não foram ao Mundial de Indianápolis", conta o treinador da seleção brasileira.
Antes do Pré-Olímpico, o Brasil também irá disputar o Sul-Americano, no Uruguai, em julho, e o Pan de Santo Domingo, na República Dominicana, em agosto.
Com a informação antecipada de datas e eventos, Lula quer evitar os problemas enfrentados pela seleção no ano passado. Na avaliação do técnico, esses contratempos prejudicaram o desempenho do Brasil no Mundial-2002.
O ala-armador Marcelinho, um dos titulares do Brasil, perdeu boa parte da preparação da equipe, na época dirigida por Hélio Rubens.
Ele adiou sua apresentação para jogar uma liga de verão da NBA -acabou não sendo aproveitado por nenhuma equipe e acertou sua transferência para a Itália.
Já Luís Fernando, que se encontraria com a equipe brasileira já em Indianápolis, desistiu de última hora de disputar o Mundial. O pivô temia se machucar e perder um contrato vantajoso com uma equipe da China. A negociação acabou não sendo concretizada.
Nenê, que seria a principal estrela da seleção no Mundial de Indianápolis, acabou não jogando.
O ala-pivô seria liberado mais tarde pelo Denver Nuggets. No entanto, o jogador sofreu uma distensão na virilha, durante uma clínica de seu time no Havaí, e teve de ser cortado da seleção.



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