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FUTEBOL
Técnico argentino perde sua quarta decisão seguida, Ronaldo volta a decepcionar, e time segue sem título desde 1989
"Maldição de Cúper" mantém Inter na fila
DA REDAÇÃO
O título frustrado da Inter seria
o primeiro troféu nacional da carreira do técnico Héctor Cúper e
do atacante Ronaldo. Seria.
Mas, assim como a Internazionale vai para sua 14ª temporada
sem título, os dois seguem sem
triunfos em campeonatos nacionais em seus currículos.
Jornais espanhóis e italianos
chegaram a cunhar a expressão
""maldição de Cúper": esta é a
quarta decisão consecutiva que o
argentino perde. Antes, fora superado na final da Recopa 98/99, dirigindo o Mallorca, e em duas decisões da Copa dos Campeões
(99/00 e 00/01), pelo Valencia.
O título mais importante de sua
carreira é a Copa Conmebol de
1996, pelo Lanús, pequeno time
argentino que o projetou.
""Não tenho medo dessa etiqueta de perdedor", disse na entrevista coletiva após a derrota de 4 a 2
para a Lazio. Para ele, sua equipe
se perdeu em campo. ""Não acredito em um problema físico, mas
psicológico. No segundo tempo, a
Inter perdeu a cabeça. O gol feito
pouco antes do intervalo foi um
golpe forte, mas até então estávamos jogando bem", afirmou.
O maior símbolo desse desequilíbrio foi o choro de Ronaldo, que
também segue sem conhecer o
que é ganhar um título de campeonato nacional. Por onde passou, Cruzeiro, PSV, Barcelona e
Inter, nunca levou troféu similar.
Há cinco temporadas na equipe
italiana, o brasileiro colecionou
contusões, mas só ergueu uma taça, a Copa da Uefa, em sua primeira temporada na Inter.
Recuperando-se de lesão muscular que o deixou os três primeiros meses deste ano longe dos
campos, Ronaldo voltou como titular, marcando um total de quatro gols em três rodadas seguidas.
Foi às redes contra Brescia,
Chievo e Piacenza, mas na hora de
enfrentar a Lazio se mostrou tão
sem criatividade quanto seus
companheiros de time.
A imagem de Ronaldo chorando comoveu até os campeões da
Juventus. ""Sinto muito por eles.
Perder o campeonato na última
rodada deve machucar muito",
afirmou o goleiro Buffon.
Já o técnico Marcello Lippi desfrutou de seu quarto scudetto pela
Juventus -antes havia ganho os
de 1994/95, 1996/97 e 1997/98.
Demitido da Inter na temporada passada, ele retornou para a Juventus para voltar a triunfar.
""Sair e voltar ganhando é uma
grande emoção", declarou o técnico após o 2 a 0 sobre a Udinese.
Massimo Moratti, o presidente
da Inter que demitiu Lippi e contratou Cúper, mostrou toda sua
frustração após o jogo de Roma.
""Que tristeza. A Inter não teve
ímpeto, sobretudo no segundo
tempo. Fiquei muito frustrado
porque os jogadores poderiam ter
dado algo mais em campo", disse
o dirigente, que insinuou que
houve algum estímulo monetário,
além da vaga na Copa Uefa, para a
Lazio jogar tão bem.
A frustração é maior ainda porque a Inter investiu pesado em
sua administração, que já dura sete anos. Nesse período, o time
comprou 88 jogadores (uma média de 12 atletas por ano), gastando um total de US$ 450 milhões.
Por seu lado, a Roma, campeã
da temporada 2000/2001, também superou a Inter na contagem
final, ficando com o vice-campeonato. Como a campeã Juventus
não tem brasileiros em suas filas,
o grupo de nascidos no Brasil a
conquistar o scudetto continua
com 20 representantes.
Com agências internacionais
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