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FUTEBOL
Sem nunca ter vencido no país vizinho pela Libertadores, time pega Rosario, invicto em casa em jogos internacionais
São Paulo joga pelo inédito na Argentina
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
No pior território e diante de
seu pior inimigo. Essa é a síntese
do primeiro duelo entre São Paulo e Rosario Central, às 20h, na cidade de Rosario, pelas oitavas-de-final da Taça Libertadores-2004.
Não bastasse o clube do Morumbi ser o brasileiro com retrospecto mais fraco na Argentina, vai
atuar contra um adversário que
jamais foi derrotado em seu estádio por competições internacionais oficiais em 40 jogos.
Pela Libertadores, as duas equipes nunca se enfrentaram, mas o
São Paulo, que perdeu todas as
cinco partidas que disputou no
país vizinho pelo torneio, já experimentou a força do rival no estádio Gigante do Arroyito ao ser
derrotado por 2 a 1 na edição de
2000 da Copa Mercosul.
Até o time comandado por Telê
Santana, bicampeão da Libertadores em 1992 e 1993, teve passagens pífias pela Argentina contra
o Newell's Old Boys, arqui-rival
do Rosario. Nas duas edições, no
entanto, os são-paulinos eliminaram o rival nos jogos no Brasil.
Os triunfos sobre o principal
inimigo fizeram do São Paulo um
time adorado pela torcida do Rosario Central, que neste ano já bateu um brasileiro em seu estádio,
o Coritiba, por 2 a 0, na primeira
fase da Libertadores. Na edição de
2000, o Corinthians caiu por 3 a 2.
"Sei que o Rosario nunca perdeu lá [em seu estádio], mas, com
o time que tem, o São Paulo pode
vencer. A classificação pode ser
definida no primeiro jogo", disse
o goleiro e capitão são-paulino
Rogério, que atuou no Arroyito
em 2000. "É um estádio bom de se
jogar. São mais de 30 mil pessoas
apoiando o Rosario. É tipo de jogo que satisfaz o profissional."
Diante de um retrospecto desfavorável, o técnico Cuca pediu a
seus atletas que joguem como os
adversários. O treinador, que declarou ter preferência em enfrentar os clubes argentinos, declarou
que os rivais são "catimbeiros,
mas não são desleais".
"Não tem como ganhar a Libertadores sem passar por argentinos. Eles têm um estilo de jogo de
entrega total. Temos de ser assim
também", disse o técnico.
Cuca, porém, alertou seus atletas para que não sejam violentos.
Ele ficou preocupado com o comportamento de seus comandados
na partida contra o Atlético-PR,
no Brasileiro. Marquinhos, por
reclamação, e Vélber, por agressão, foram expulsos. Mesmo assim, o São Paulo venceu (1 a 0).
"Não podemos transformar raça em violência. Jogador tem de
saber engolir um sapinho. Já engole tantos por aí, não precisa
provar que é mais macho que o
outro", afirmou Cuca.
O Rosario, que atravessa grave
crise financeira, tem duas dúvidas
para o jogo de hoje. Na defesa,
Carbonari e Raldes disputam posição. Na frente, Cámpora ou Vitti
tentam vaga ao lado de González.
O time ocupa apenas a 18ª colocação no Campeonato Argentino.
Colaborou Rodrigo Bueno,
da Reportagem Local
NA TV - Sportv, ao vivo, a
partir das 20h
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