São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004

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ATENAS 2004

Explosões de artefatos na Grécia, mesmo sem vítimas, deixam em alerta principais participantes dos Jogos

Bombas fazem comitês reverem planos

DA REPORTAGEM LOCAL

A explosão de três artefatos caseiros, fabricados com dinamite, detonadores, pilhas e relógios, numa delegacia de polícia em Atenas deixou em alerta os comitês olímpicos nacionais dos principais países que competirão na Grécia entre 13 e 29 agosto.
Inglaterra, Austrália e França decidiram rever seus planos de segurança depois das explosões.
O premiê inglês, Tony Blair, disse que ""esses assuntos estão em constante revisão", embora a posição atual do governo britânico seja de que os Jogos devam ser mantidos no período marcado.
Já a Austrália anunciou que sua agência de espionagem irá revisar suas avaliações de segurança e que, apesar de não ter recuado em sua decisão de mandar a equipe para a Olimpíada, irá entender a posição de atletas que, por medo do terrorismo, decidam, por conta própria, não competir.
Os franceses avisaram que irão montar um esquema para os atletas que não quiserem ficar na Vila Olímpica, com medo de atentados, e que fará o possível para tirar os competidores da Grécia assim que acabarem de competir.
Os norte-americanos discutiam a questão no Congresso antes mesmo da explosão dos artefatos na delegacia de Kalithea, próxima ao centro de Atenas. "Nós estávamos começando a ouvir uma série de preocupações sobre os preparativos e a discutir se devemos mesmo ir ou não", disse o senador republicano Gordon Smith.
O Usoc, comitê olímpico norte-americano, disse confiar no investimento recorde em segurança -superior a 1 bilhão-, que a presença da delegação dos EUA não está, a princípio, em risco e que confia nas explicações dadas pelo governo grego.
O governo da Grécia diz que o incidente, que não teve vítimas, mas provocou sérios danos na delegacia, não tem conexão com os Jogos. O primeiro-ministro grego, Costas Caramanlis, considerou o ocorrido "um fato isolado" que em nada afeta a Olimpíada.
O Comitê Olímpico Brasileiro enviará a Atenas José Milton Rodrigues, delegado da Polícia Federal, para conhecer o esquema de segurança dos Jogos.


Com agências internacionais


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