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SAIBA MAIS
Organizar Jogos custa caro e pode render prejuízo
DA REPORTAGEM LOCAL
Definida pelo próprio Comitê Olímpico Internacional como a mais disputada da história, a eleição que chega ao fim
hoje pode indicar que a Olimpíada só carrega prosperidade
para os países que a abrigam.
Não é preciso voltar muito no
calendário, todavia, para que
experiências frustrantes manchem essa impressão.
Pouco mais de um ano atrás,
Atenas dava início à última edição dos Jogos. Investira cerca
de US$ 10 bilhões no evento.
Agora, sofre para manter toda
a estrutura que ergueu.
Praças construídas para modalidades nas quais os gregos
não têm tradição -como vela,
beisebol e tiro esportivo- estão abandonadas. O governo
deve gastar US$ 100 milhões
(R$ 237 milhões) em 2005 para
manter esses locais utilizáveis.
Há outros exemplos de fiascos -Munique-1972, além do
déficit, ficou marcada por um
atentado terrorista-, mas
também casos de quem terminou o evento de bolso cheio.
Situação emblemática ocorreu em Los Angeles-1984. Tudo
foi colocado à venda na Olimpíada: do percurso da tocha à
construção de piscinas e estádios. Com verba da iniciativa
privada e sem ajuda do Estado,
a cidade bancou com folga o
custo -US$ 470 mi- e gerou
lucro de US$ 150 mi.
(GR)
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