São Paulo, quarta-feira, 06 de julho de 2005

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Organizar Jogos custa caro e pode render prejuízo

DA REPORTAGEM LOCAL

Definida pelo próprio Comitê Olímpico Internacional como a mais disputada da história, a eleição que chega ao fim hoje pode indicar que a Olimpíada só carrega prosperidade para os países que a abrigam.
Não é preciso voltar muito no calendário, todavia, para que experiências frustrantes manchem essa impressão.
Pouco mais de um ano atrás, Atenas dava início à última edição dos Jogos. Investira cerca de US$ 10 bilhões no evento. Agora, sofre para manter toda a estrutura que ergueu.
Praças construídas para modalidades nas quais os gregos não têm tradição -como vela, beisebol e tiro esportivo- estão abandonadas. O governo deve gastar US$ 100 milhões (R$ 237 milhões) em 2005 para manter esses locais utilizáveis.
Há outros exemplos de fiascos -Munique-1972, além do déficit, ficou marcada por um atentado terrorista-, mas também casos de quem terminou o evento de bolso cheio.
Situação emblemática ocorreu em Los Angeles-1984. Tudo foi colocado à venda na Olimpíada: do percurso da tocha à construção de piscinas e estádios. Com verba da iniciativa privada e sem ajuda do Estado, a cidade bancou com folga o custo -US$ 470 mi- e gerou lucro de US$ 150 mi. (GR)


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