São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2006

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Ação por morte de Serginho é suspensa

Presidente e médico do São Caetano eram réus

DA REPORTAGEM LOCAL

O processo criminal sobre morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, foi suspenso pela Justiça. A informação é do médico Paulo Forte, funcionário do clube, que era réu juntamente com o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza.
Os dois foram acusados de homicídio doloso pelo Ministério Público pela morte Serginho, que sofreu uma parada cardiorrespiratória, em 2004, durante jogo do São Caetano com o São Paulo. Ele morreu pouco tempo depois de cair sozinho em campo.
Em 2004, o promotor Rogério Leão Zagallo alegou que Forte e Ferreira de Souza sabiam que o jogador tinha problemas cardíacos e tinham a obrigação de fazê-lo parar de jogar. Por isso, os denunciou.
Mas foram outros promotores, que assumiram o caso, que ofereceram a suspensão do processo por dois anos, segundo Paulo Forte. O acordo prevê o arquivamento da ação penal em dois anos se não houver fato novo e foi fechado julho.
A Folha não conseguiu confirmar a decisão com o Tribunal de Justiça de São Paulo, que estava fechado ontem.
"Sempre confiei na Justiça. Tanto que não respondei às pessoas que me pré-julgaram. Sempre tive a consciência tranqüila, que é o juro mais importante", disse Forte.
A posição dos promotores, que não foram os mesmos que fizeram a denúncia, ocorreu após decisão do Superior Tribunal de Justiça que beneficiava os réus. No início do ano, o tribunal já desqualificara a acusação de homicídio doloso -afirmara que não havia possibilidade de configurar a intenção na morte de Serginho.
"O Ministério Público diz não havia elementos que nos incriminasse", afirmou Forte.
Agora, o médico e o dirigente entraram com pedido na Justiça Desportiva para reverter as punições de 2004. Mas ambos continuaram trabalhando no futebol, neste período.


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