|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Com vaga na Copa dos Campeões, time masculino pega Venezuela, ouro no Pan, para manter tabu no Sul-Americano
Brasil revê algoz e tenta evitar novo fiasco
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O que era para ser apenas uma
partida do mais fácil dentre todos
os compromissos da seleção masculina de vôlei se transformou em
questão de honra.
A equipe brasileira entra em
quadra hoje, às 16h, no Rio, não
apenas para tentar conquistar seu
24º título sul-americano. Com a
vaga na Copa dos Campeões já assegurada, os jogadores querem a
revanche da derrota sofrida para a
Venezuela no Pan.
E graças à tabela e ao desempenho das duas equipes, a reprise da
semifinal de Santo Domingo ganhou status de decisão em um
torneio de pontos corridos.
No Pan, em agosto, aquela que
seria apenas mais uma vitória fácil da atual campeã mundial se
transformou no maior fiasco da
seleção desde que Bernardinho
assumiu como técnico, em 2001.
"A Venezuela está entalada na
nossa garganta e queremos dar o
troco", afirmou o oposto Anderson, que vem atuando como titular durante a competição.
Repetir o mau resultado de Santo Domingo em casa seria ainda
mais vexaminoso, já que o Brasil
nunca perdeu o torneio continental, disputado desde 1951.
A derrota, no entanto, não prejudica os planos do Brasil de buscar uma vaga em Atenas-2004.
Com o segundo lugar do Sul-Americano assegurado, a seleção
já tem lugar na Copa dos Campeões, em novembro, no Japão,
que classificará os três primeiros
para a Olimpíada de Atenas.
O Brasil entraria no torneio por
ser o líder do ranking mundial e
ocupar posição melhor do que os
segundos colocados das demais
competições continentais.
"Não podemos superdimensionar o jogo. Temos que ter a postura devida, atenção e tensão na medida certa. A Venezuela é uma
equipe excelente, que ganhou
confiança com a vitória no Pan",
disse Bernardinho, que manterá a
escalação com Ricardinho, Anderson, Nalbert, Giba, Rodrigão,
Gustavo e o líbero Escadinha.
A vitória sobre o Brasil e a conquista do ouro no Pan firmaram a
Venezuela, neste ano, como a segunda força do continente.
O time, além de estar mais competitivo, foi beneficiado pela suspensão da Argentina pela Federação Internacional de Vôlei. Fora
dos eventos internacionais por
quatro meses -não jogou a Liga
Mundial e o Pan-, o país vizinho
decaiu nesta temporada.
Desde 1981, brasileiros e argentinos polarizam o vôlei sul-americano. A Venezuela só se impôs como segunda força nas edições de
1985 e 1997, que disputou em casa.
NA TV - Brasil x Venezuela,
Globo, às 16h, ao vivo
Texto Anterior: Futebol - José Geraldo Couto: O valor mais alto Próximo Texto: Torneio reforça segurança para evitar tumulto Índice
|