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São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003

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VÔLEI

Com vaga na Copa dos Campeões, time masculino pega Venezuela, ouro no Pan, para manter tabu no Sul-Americano

Brasil revê algoz e tenta evitar novo fiasco

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O que era para ser apenas uma partida do mais fácil dentre todos os compromissos da seleção masculina de vôlei se transformou em questão de honra.
A equipe brasileira entra em quadra hoje, às 16h, no Rio, não apenas para tentar conquistar seu 24º título sul-americano. Com a vaga na Copa dos Campeões já assegurada, os jogadores querem a revanche da derrota sofrida para a Venezuela no Pan.
E graças à tabela e ao desempenho das duas equipes, a reprise da semifinal de Santo Domingo ganhou status de decisão em um torneio de pontos corridos.
No Pan, em agosto, aquela que seria apenas mais uma vitória fácil da atual campeã mundial se transformou no maior fiasco da seleção desde que Bernardinho assumiu como técnico, em 2001.
"A Venezuela está entalada na nossa garganta e queremos dar o troco", afirmou o oposto Anderson, que vem atuando como titular durante a competição.
Repetir o mau resultado de Santo Domingo em casa seria ainda mais vexaminoso, já que o Brasil nunca perdeu o torneio continental, disputado desde 1951.
A derrota, no entanto, não prejudica os planos do Brasil de buscar uma vaga em Atenas-2004.
Com o segundo lugar do Sul-Americano assegurado, a seleção já tem lugar na Copa dos Campeões, em novembro, no Japão, que classificará os três primeiros para a Olimpíada de Atenas.
O Brasil entraria no torneio por ser o líder do ranking mundial e ocupar posição melhor do que os segundos colocados das demais competições continentais.
"Não podemos superdimensionar o jogo. Temos que ter a postura devida, atenção e tensão na medida certa. A Venezuela é uma equipe excelente, que ganhou confiança com a vitória no Pan", disse Bernardinho, que manterá a escalação com Ricardinho, Anderson, Nalbert, Giba, Rodrigão, Gustavo e o líbero Escadinha.
A vitória sobre o Brasil e a conquista do ouro no Pan firmaram a Venezuela, neste ano, como a segunda força do continente.
O time, além de estar mais competitivo, foi beneficiado pela suspensão da Argentina pela Federação Internacional de Vôlei. Fora dos eventos internacionais por quatro meses -não jogou a Liga Mundial e o Pan-, o país vizinho decaiu nesta temporada.
Desde 1981, brasileiros e argentinos polarizam o vôlei sul-americano. A Venezuela só se impôs como segunda força nas edições de 1985 e 1997, que disputou em casa.


NA TV - Brasil x Venezuela, Globo, às 16h, ao vivo


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