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FUTEBOL
Partida, que teve muitas faltas no 1º tempo, classifica time para final do Brasileiro pelo 2º ano seguido
Corinthians vence clássico truncado
MAÉRCIO SANTAMARINA
RODRIGO BUENO
da Reportagem Local
Corinthians e São Paulo fizeram
ontem um jogo bastante truncado, cumprindo as previsões dos
técnicos de ambos os times. Melhor para o Corinthians, que venceu por 2 a 1, se classificou e terá
Edílson e Rincón nas finais.
Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, alertou para a violência
dos são-paulinos durante toda a
semana. Paulo César Carpegiani,
em resposta, disse que o treinador
corintiano estava tentando "condicionar" o árbitro.
Dito e feito. As primeiras seis
faltas marcadas pelo técnico Oscar Roberto Godoi foram contra o
São Paulo. Algumas geraram protestos dos corintianos. Outras, irritaram os são-paulinos.
Em duas arrancadas de Edílson,
Vágner e Jorginho pararam o rival com duras faltas, que não resultaram em cartão amarelo.
Em outros lances, os corintianos "cavavam" faltas para "gastar
o tempo" e contavam com o
apoio do árbitro Oscar Roberto
Godoi, que exigiu rapidez apenas
do gandula, que, escalado pelo
mandante Corinthians, demorava na reposição de bola.
O ritmo do jogo de ontem foi
bem diferente do apresentado no
primeiro confronto entre os times, quando, só no primeiro tempo, aconteceram quatro gols.
O São Paulo tomou a iniciativa
da partida mais uma vez, mas sem
desguarnecer tanto sua defesa como no primeiro confronto.
Já o Corinthians explorava sem
tanta eficiência os contra-ataques
e sentia a ausência de Marcelinho,
suspenso, especialmente nos lances de bola parada.
Quando o jogo caminhava para
um empate sem gols na primeira
etapa, o lateral-direito Índio foi ao
ataque pela primeira vez e cruzou
na medida para Luizão cabecear.
No rebote, Ricardinho, aos
44min, só tocou para marcar.
O gol enervou os são-paulinos.
Edmílson fez falta em Rincón e recebeu o primeiro cartão amarelo
do jogo. Em seguida, contestou a
marcação de Oscar Roberto Godoi, ergueu o pé na direção do árbitro em um movimento de chute
e acabou sendo expulso.
"Ele pisou no meu pé, e eu tentei
tirá-lo. No primeiro lance, ele me
deu amarelo. Para o Rincón, que
fala de racismo, mas fica xingando, ele não deu nada", disse Edmílson, desafeto da torcida.
Rincón, no intervalo, também
fez acusações ao rival. "Pergunta
para o Edmílson do que ele me
xingou", disse o corintiano, que
conseguiu terminar o jogo sem
receber amarelo -ele estava pendurado com quatro cartões.
No segundo tempo, com dez jogadores de um lado e com a vantagem por ter feito a melhor campanha na primeira fase do outro
lado, o jogo começou no mesmo
ritmo da primeira etapa.
O Corinthians, mais tranquilo
nos contra-ataques e arriscando
chutes de longe, teve boas chances
para ampliar o marcador.
Carpegiani, que já havia colocado Edu no lugar de Ânderson, foi
chamado de "burro" quando tirou Raí e pôs o volante Sidney.
Poucos minutos depois, porém,
Edu sofreu falta na entrada da
área, Marcelinho bateu, a bola
desviou na barreira e sobrou para
Vágner empatar, aos 24min.
No ataque corintiano seguinte,
com a defesa são-paulina escancarada, Edílson recebeu cruzamento da esquerda e tocou livre
quase na pequena área para definir o jogo e a classificação.
Violência
Houve um tiroteio nos arredores do shopping Morumbi, poucos momentos antes do início do
jogo. Um grupo de são-paulinos
em um carro Kadett vermelho
disparou contra corintianos.
Duas pessoas ficaram feridas.
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