São Paulo, Segunda-feira, 06 de Dezembro de 1999


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FUTEBOL

Partida, que teve muitas faltas no 1º tempo, classifica time para final do Brasileiro pelo 2º ano seguido

Corinthians vence clássico truncado

MAÉRCIO SANTAMARINA
RODRIGO BUENO
da Reportagem Local

Corinthians e São Paulo fizeram ontem um jogo bastante truncado, cumprindo as previsões dos técnicos de ambos os times. Melhor para o Corinthians, que venceu por 2 a 1, se classificou e terá Edílson e Rincón nas finais.
Oswaldo de Oliveira, do Corinthians, alertou para a violência dos são-paulinos durante toda a semana. Paulo César Carpegiani, em resposta, disse que o treinador corintiano estava tentando "condicionar" o árbitro.
Dito e feito. As primeiras seis faltas marcadas pelo técnico Oscar Roberto Godoi foram contra o São Paulo. Algumas geraram protestos dos corintianos. Outras, irritaram os são-paulinos.
Em duas arrancadas de Edílson, Vágner e Jorginho pararam o rival com duras faltas, que não resultaram em cartão amarelo.
Em outros lances, os corintianos "cavavam" faltas para "gastar o tempo" e contavam com o apoio do árbitro Oscar Roberto Godoi, que exigiu rapidez apenas do gandula, que, escalado pelo mandante Corinthians, demorava na reposição de bola.
O ritmo do jogo de ontem foi bem diferente do apresentado no primeiro confronto entre os times, quando, só no primeiro tempo, aconteceram quatro gols.
O São Paulo tomou a iniciativa da partida mais uma vez, mas sem desguarnecer tanto sua defesa como no primeiro confronto.
Já o Corinthians explorava sem tanta eficiência os contra-ataques e sentia a ausência de Marcelinho, suspenso, especialmente nos lances de bola parada.
Quando o jogo caminhava para um empate sem gols na primeira etapa, o lateral-direito Índio foi ao ataque pela primeira vez e cruzou na medida para Luizão cabecear. No rebote, Ricardinho, aos 44min, só tocou para marcar.
O gol enervou os são-paulinos. Edmílson fez falta em Rincón e recebeu o primeiro cartão amarelo do jogo. Em seguida, contestou a marcação de Oscar Roberto Godoi, ergueu o pé na direção do árbitro em um movimento de chute e acabou sendo expulso.
"Ele pisou no meu pé, e eu tentei tirá-lo. No primeiro lance, ele me deu amarelo. Para o Rincón, que fala de racismo, mas fica xingando, ele não deu nada", disse Edmílson, desafeto da torcida.
Rincón, no intervalo, também fez acusações ao rival. "Pergunta para o Edmílson do que ele me xingou", disse o corintiano, que conseguiu terminar o jogo sem receber amarelo -ele estava pendurado com quatro cartões.
No segundo tempo, com dez jogadores de um lado e com a vantagem por ter feito a melhor campanha na primeira fase do outro lado, o jogo começou no mesmo ritmo da primeira etapa.
O Corinthians, mais tranquilo nos contra-ataques e arriscando chutes de longe, teve boas chances para ampliar o marcador.
Carpegiani, que já havia colocado Edu no lugar de Ânderson, foi chamado de "burro" quando tirou Raí e pôs o volante Sidney.
Poucos minutos depois, porém, Edu sofreu falta na entrada da área, Marcelinho bateu, a bola desviou na barreira e sobrou para Vágner empatar, aos 24min.
No ataque corintiano seguinte, com a defesa são-paulina escancarada, Edílson recebeu cruzamento da esquerda e tocou livre quase na pequena área para definir o jogo e a classificação.

Violência
Houve um tiroteio nos arredores do shopping Morumbi, poucos momentos antes do início do jogo. Um grupo de são-paulinos em um carro Kadett vermelho disparou contra corintianos. Duas pessoas ficaram feridas.


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