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São Paulo, sábado, 07 de junho de 2003

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Pernambuco inspira o Palmeiras

ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Pernambuco pode ser o cenário ideal para a reabilitação do Palmeiras, que hoje enfrenta o Santa Cruz às 21h40, em Recife, pelo Brasileiro da Série B.
O jogo será o primeiro do clube paulista no campeonato transmitido ao vivo pela televisão.
A relação palmeirense com Pernambuco é estreita. Nenhum outro Estado nordestino viu mais apresentações da equipe na história do Nacional -desde 1971, foram 29 partidas. Em 72,4% delas, o time de São Paulo voltou para casa conquistando pontos (13 vitórias e oito empates).
Além disso, grandes jogadores da história do clube, como Rivaldo (década de 90), Jorge Mendonça (80), Gildo (70), Vavá e Rinaldo (60), são pernambucanos.
Neste ano, porém, o Palmeiras já jogou no Estado uma vez e foi derrotado pelo Náutico (2 a 1).
Hoje, o time apresenta um novo titular, nascido no Recife e que sonha em repetir a trajetória dos conterrâneos famosos que vestiram a mesma camisa: o lateral-esquerdo Lúcio, que ganhou a vaga de Marquinhos (também pernambucano) e começa jogando pela primeira vez -ele estreou no segundo tempo do empate por 1 a 1 com o CRB, no sábado passado.
"Só de parentes, eu garanto uns 15 torcedores no Arrudão", afirmou o jogador, escalado para dar equilíbrio ao time, que vem abusando das jogadas pelo lado oposto graças à boa fase do lateral-direito Alessandro.
Outra novidade no Palmeiras é o goleiro Sérgio, que substitui Marcos -gripado e de licença-paternidade (sua filha Anna Júlia nasceu na quarta-feira).
O reserva volta ao time perto de uma data histórica: o fim do jejum de 16 anos sem conquistas, que completa uma década no dia 12. Sérgio era o goleiro na vitória de 4 a 0 sobre o Corinthians que deu ao clube o título paulista de 1993.
"Por incrível que pareça, a pressão da torcida era maior nos tempos de fila do que agora, mesmo na segunda divisão. Hoje, a cobrança está mais em cima dos dirigentes", disse Sérgio.
A gripe quase fez mais estragos no elenco. Seis jogadores tiveram problemas durante a semana, e o técnico Jair Picerni, infectado pelo vírus Influenza, perdeu quatro dias de trabalho. Ontem, o técnico comandou o último treino e viajou normalmente com a delegação. "Desde a partida contra o CRB eu já estava um caco, precisei tomar injeção para aguentar ficar no banco de reservas", declarou Picerni, para quem a vitória hoje "é o melhor remédio".
A volta do técnico também esclareceu os problemas de relacionamento levantados pelo meia Pedrinho. Ele e Picerni conversaram sobre a atuação do jogador contra o CRB e selaram a paz.
Agora, o treinador se vê às voltas com as reclamações do atacante colombiano Muñoz, insatisfeito com a reserva. O técnico, que garante que o jogador não fez nenhuma reivindicação, chegou a sugerir uma acareação. "Eu aposto que se ele vier aqui [na sala de imprensa], na minha presença, não vai falar coisa nenhuma."


NA TV - Santa Cruz x Palmeiras, às 21h40, ao vivo, na Record


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